Preso por estuprar e matar jovem no Inferninho é libertado e anuncia casamento
Quando foi preso, Leandro era casado com rapaz, que depois se matou. À época, ele culpou marido pelos crimes
Preso no dia 26 de abril deste ano, Leandro Pereira Florenciano, de 35 anos, anunciou em uma rede social que vai se casar e que “se sentindo em paz”, após período detido pelo abuso sexual de duas crianças e pela morte de Gleison da Silva Abreu, de 25 anos, encontrado morto na Cachoeira do Inferninho.
Na rede social, Leandro se apresenta como “Leo Pereira” e mantém contato com centenas de amigos virtuais. Em publicação feita no início da tarde, ele afirma estar se sentindo em paz e fala em gratidão. “Se a única oração que você fizer na vida for ‘obrigado’, já será suficiente”, diz o texto.
Horas depois, o acusado faz nova postagem, desta vez, para informar que se casou. A publicação recebeu pelo menos sete reações e um comentário de alguém desejando felicidades. “Que Deus abençoe sempre”, diz um amigo. “Amém”, responde Leandro com imagem de um coração na sequência.
Até o dia em que foi preso, Leandro Pereira era casado com Emerson Borcheidt, de 33 anos, que cometeu suicídio no dia do cumprimento da prisão do suspeito e do recolhimento de evidências da morte de Gleison, na casa onde eles moravam. A principal suspeita é de que o rapaz tenha se matado por acreditar que seria preso.
Segundo apurou a polícia, Emerson participou junto a Leandro, do abuso sexual de um menino de 8 anos e de uma menina de 11. Antes de morrer, ele chegou a enviar mensagem à família dizendo ter feito “algo muito grave” e "sem perdão”. No entanto, quando investigadores foram atrás do suspeito, ainda não sabiam sobre o segundo crime, desvendado na ocasião.
Depois de preso, Leandro culpou o marido morto pelos crimes e provocou revolta na família de Emerson.
Investigações - Após a operação da Polícia Civil sobre o assassinato, as diligências também foram à procura de elementos do estupro, cujos indícios surgiram durante o inquérito para apurar quem jogou Gleison nas pedras da Cachoeira do Inferninho, onde ele foi achado sem vida no dia 1º de maio do ano passado.
Diante do surgimento dessa vertente, a apuração policial se desdobrou. O homicídio ficou com a DEH (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídios) e o abuso sexual com a DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). As duas crianças confirmaram serem vítimas de estupro.
*Matéria editada às 18h04 para correção de informações.