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Cidades

Terceiro estupro é revelado após investigação sobre corpo achado no Inferninho

Mãe e menina foram à delegacia em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso, denunciar o caso

Marta Ferreira e Viviane Oliveira | 29/04/2021 22:27
Agnaldo Freire de Mariz está preso desde segunda-feira. (Foto: Reprodução de processo)
Agnaldo Freire de Mariz está preso desde segunda-feira. (Foto: Reprodução de processo)

Continua a se desenrolar o novelo de crimes desvendado pela investigação do assassinato de Gleison da Silva Abreu, 25 anos, cometido há um ano, quando ele foi achado sem vida nas pedras da Cachoeira do Inferninho, em Campo Grande. A partir das diligências policiais contra dois suspeitos, presos nesta semana, foram descobertos dois casos de estupro de crianças envolvendo investigados. Agora surgiu um terceiro episódio.

O caso foi registrado em Lucas do Rio Verde, cidade no Mato Grosso, a mais de mil quilômetros de Campo Grande. A vítima é uma menina de 13 anos.

Ela e a mãe foram à Polícia Civil na cidade mato-grossense para denunciar Agnaldo Freire de Mariz, de 48 anos, por estupro cometido quando a mulher era namorada dele e morava em Campo Grande. Agnaldo está preso desde segunda-feira como participante do assassinato de Gleison, junto com Leandro Pereira Florenciano, de 35 anos.

Segundo o relato feito na delegacia de Lucas do Rio Verde, a menina foi violentada quando ela e a mãe dormiam na casa de Agnaldo. Ele esperava a namorada se deitar e ia até o quarto onde estava a vítima para cometer os abusos sexuais.

Conforme a reportagem apurou, a menina chegou a ser internada, por pelo menos quatro dias, em razão de lesão provocada pela violência, que gerou infecção. Houve desconfiança no hospital, mas ela não teve coragem de contar sobre o estupro. Como tem diabetes, atribuiu-se a enfermidade a consequência da doença.

Agora, com a prisão de Agnaldo vindo à tona, a história foi oficializada na polícia. A mãe diz ter descoberto faz poucos dias.

O inquérito foi registrado como estupro de vulnerável, crime previsto no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).  Por essa tipificação, qualquer contato sexual com menores de 14 anos é considerado estupro.

Como o local do crime é Campo Grande, a investigação virá para a delegacia especializada local.

Os outros casos - A DEPCA (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) está investigando estupros cometidos contra dois irmãos, uma menina de 11 anos e um menino de 9, que vieram à tona em decorrência de indícios surgidos na mesma investigação.

Os suspeitos são diferentes. A menina foi vítima, segundo contou, de homem de 57 anos. O menino de 9 anos contou ter sido abusado por Leandro Pereira Florenciano e pelo companheiro dele, Emerson Borcheidt, de 33 anos. Emerson foi achado morto na segunda-feira (26).

Leandro está preso, como o mentor do assassinato de Gleison.  Ele nega os dois crimes. Atribuiu a autoria ao companheiro falecido e diz que já estava separado dele, embora admita “recaídas”.

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