Procurador que matou sobrinho continua no presídio semiaberto
TJ determinou retorno de Zeolla para clínica psiquiátrica. Mas, segundo o advogado dele, até a tarde desta quinta-feira ele continuava no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira
Continua no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira o procurador aposentado Carlos Alberto Zeolla, que no dia 3 de março de 2009 matou a tiro o sobrinho Cláudio Alexander Zeolla, de 23 anos. Determinação do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), na terça-feira, manda Zeola de volta para a clínica psiquiátrica Carandá.
Segundo o advogado de Zeolla, José Belga Trad, até a tarde desta quinta-feira o procurador aposentado continuava no presídio, apesar da decisão judicial determinar o retorno para a Clínica em 24 horas.
Zeolla foi condenado a oito anos de reclusão, pena que vinha cumprindo internado na clínica, após um laudo dizer que sofria de uma doença mental. Na semana passada, o juiz Albino Coimbra decidiu que a enfermindade não era motivo para estar no hospital e que ele deveria ir para um presídio semiaberto.
Para justificar a transferência, foi realizada uma perícia psiquiátrica em Zeolla para saber se haviam condições dele ser transferido para a Gameleira. O laudo do perito foi positivo, dando aval ao encaminhamento.
A defesa, então, recorreu ao Tribunal de Justiça, que, em liminar do desembargador Rui Celso Florense, determinou que, enquanto avalia um pedido de progressão de regime de Zeolla para o regime aberto, providencie o retorno dele à Clínica.
De acordo com o advogado, desde setembro de 2010 o procurador já tem o direito de ir para o regime aberto, e desde o fim do ano passado está sendo feito o pedido para o juiz de progressão de regime.
José Belga Trad afirma que essa avaliação disciplinar pode durar até dois meses, e entende que é desnecessária, já que ele tem direito a estar em regime aberto.