Quatro menores feridos em acidente na saída para Três Lagoas estão internados
Quatro dos seis adolescentes envolvidos no acidente que matou José Eduardo Menegat Tavares Manzione, que completaria 16 anos hoje, continuam internados.
Um deles foi transferido para o CTI da Santa Casa às 13h de hoje. Ele está em coma induzido e recebe ventilação mecânica. Outro passageiro do carro, um menino de 17 anos, está internado em um apartamento do hospital. Ele está consciente, apenas utilizando um colete cervical.
O adolescente de 15 anos, que conduzia o veículo Honda City da mãe, foi transferido para o Hospital Sirio Libânes ontem e também está internado no CTI (Centro de Terapia Intensiva). Após o acidente, ele passou por cirurgia na boca e no fêmur.
Outro adolescente, de 16 anos, que também estava no carro quando aconteceu o acidente, está internado na Clínica Campo Grande. Ele também está no CTI, mas o hospital não informa se o estado de saúde dele é considerado grave.
Outros dois passageiros do veículo, que já receberam alta, prestam depoimento na Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).
O caso - Os garotos estavam em um veículo Honda City, que capotou várias vezes após o motorista tentar fazer uma curva na BR-262, na saída para Três Lagoas. O carro era dirigido por outro menino de 15 anos, segundo a Polícia Civil.
O acidente deixou quatro dos sete ocupantes do veículo feridos, sendo que José morreu ainda no local. Três estão internados na Santa Casa e o outro na Clínica Campo Grande.
A Polícia investiga se os adolescentes estavam ingerindo bebida alcoólica, já que foram encontradas quatro garrafas de cerveja dentro do carro. A investigação também apura quem estava mexendo em um celular encontrado, que estava com uma mensagem sendo escrita.
De acordo com a delegada da Deaij (Delegacia Especializada em Atendimento a Criança e Juventude), Maria de Lourdes Cano, o menino de 15 anos que dirigia o carro pode responder processo por homicídio doloso, caso seja comprovado que ele estava bêbado e em alta velocidade.
Nesse caso, ele responde por dolo eventual, quando a pessoa pode até não ter a intenção de matar, mas assume o risco ao ter atitudes perigosas, como dirigir embriagado. Os pais podem responder por omissão de cautela, já que o veículo é de propriedade da mãe.