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Capital

Quatro meses após morte, Motor Sound pede permissão para novo evento na Capital

Em junho, após queda de moto no autódromo, prefeitura informou que evento não tinha alvará para ser realizado

Por Silvia Frias | 14/10/2024 08:55
No local do acidente, em junho, marcas de pneus e sangue na pista do autódromo (Foto/Arquivo)
No local do acidente, em junho, marcas de pneus e sangue na pista do autódromo (Foto/Arquivo)

Quatro meses depois de acidente com morte no Autódromo Internacional de Campo Grande, os organizadores do Motor Sound Brasil pediram autorização da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) para realização de mais um evento similar, para 9 de novembro.

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Quatro meses após um acidente fatal durante o Motor Sound Brasil no Autódromo Internacional de Campo Grande, os organizadores solicitaram autorização da Semadur para realizar um evento similar em novembro. A autorização ainda não foi concedida. O acidente de junho, que resultou na morte de Nicholas Yann dos Santos Jesus, ocorreu durante manobras perigosas de motociclistas, sem a devida autorização e com diversas irregularidades. O Autódromo foi interditado e teve o alvará cassado, mas foi liberado em junho e, em julho, passou para o patrimônio público de Campo Grande. A investigação sobre o acidente segue em andamento.

O requerimento encaminhado à Semadur foi publicado na edição de hoje do Diogrande (Diário Oficial de Campo Grande). Ainda será divulgado se o local será liberado para o encontro, que reúne som automotivo e manobras de motociclistas. Não há informação se são os mesmos organizadores do evento anterior.

Em outra edição do Motor Sound Brasil, no dia 2 de junho deste ano, acidente matou Nicholas Yann dos Santos Jesus, de 20 anos. No boletim de ocorrência consta que ele participava de manobras perigosas na pista, sem capacete, com outros motociclistas. Ocorreu uma colisão no local e três pessoas caíram, entre eles, Nicholas, que morreu antes de chegar ao hospital.

Naquele período, a Prefeitura de Campo Grande informou que a organização não tinha alvará para realizar o evento.

Além disso, os bombeiros fizeram vistoria no Autódromo Internacional, encontrando seis irregularidades e o empreendimento teve o alvará cassado.

Moto de Nicholas avariada após acidente, em junho (Foto/Arquivo)
Moto de Nicholas avariada após acidente, em junho (Foto/Arquivo)

A liberação do autódromo só ocorreu no dia 14 de junho, sendo válida até 9 de dezembro. Em julho, decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) incorporou o imóvel ao patrimônio público de Campo Grande, encerrando disputa entre Município e empresa que administrava o local desde 2009.

Sobre a morte de Nicholas Yann, a informação era que outro participante, Lucas Eduardo de Oliveira Dihl, 20 anos, seria indiciado por homicídio simples e responderia em liberdade. No sistema do Judiciário não consta informação de oferecimento de denúncia. À época, a defesa dele classificou o caso como “fatalidade”.

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