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Capital

Organizador de "arrancadões" reclama de "generalização" de setor após morte

Gargamel diz que nunca registrou acidentes em 40 eventos e que setor está pagando pelos outros

Por Silvia Frias | 04/06/2024 12:04
Gargamel publicou sua opinão nas redes sociais (Foto/Reprodução)
Gargamel publicou sua opinão nas redes sociais (Foto/Reprodução)

Depois que o Corpo de Bombeiros cassou o alvará do Autódromo Internacional de Campo Grande, o organizador de eventos Alessandro Gargamel, 49 anos, postou vídeo dizendo que os empreendedores do ramo estão “pagando” pela falta de experiência de quem realizou evento com motos e carros que terminou com morte de rapaz, no fim de semana. “Generalizaram (...) como se todo evento desse tipo aí só tivesse bebida, cachaça e droga”.

Conforme boletim de ocorrência, o evento foi organizado pelo influencer Rodolfo Manolo, 40, e por homem identificado como “dono do autódromo”, de nome João Pedro. Ainda de acordo com o registro policiais, motociclistas faziam manobras perigosas nas pistas sem usar capacetes. Nicholas Yann dos Santos Jesus, 20 anos, estava sem proteção, se envolveu em acidente e caiu, batendo a cabeça no asfalto. Morreu a caminho do hospital.

“Nós que trabalhamos certinho que temos alvará, colocamos segurança, ambulância, temos que pagar pelos outros, isso afetou a nós todos”, disse, no vídeo publicado na página Motor Show 67, marca do evento realizado por Gargamel há quatro anos.

Diz saber que o autódromo ou o Porto Seco não é o lugar ideal, “mas comporta esse tipo de evento” e “tira a gurizada da rua”, referindo-se às manobras e uso de som automotivo.

Em entrevista ao Campo Grande News, ele diz que esse tipo de evento é complicado de se organizar e que o do fim de semana foi realizado por pessoas que não tem experiência no ramo. Também diz que, há cerca de 90 dias, o “dono do autódromo” afastou os outros organizadores de evento, tomando para si a execução de empreendimentos como esse.

Além disso, diz que a cobertura do evento acabou generalizando a situação, como se todos os “arrancadões” tivessem “bebida, cachaça e droga”. Gargamel completou: “a responsabilidade todinha é da administração do autódromo, que bloqueou os outros organizadores de eventos”.

A reportagem entrou em contato com João Pedro, mas não obteve retorno nesta terça-feira (4). Nas redes sociais, Manolo se manifestou, dizendo que “quem mi conhece sabe do meu coração [sic]”.

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