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Capital

Rapaz de 20 anos morre em clínica e família suspeita de overdose

Nadyenka Castro e Helton Verão | 22/04/2013 17:28
Rafael era usuário de drogas e morreu nesse domingo. (Foto: Reprodução/ Arquivo de família)
Rafael era usuário de drogas e morreu nesse domingo. (Foto: Reprodução/ Arquivo de família)

Um rapaz de 20 anos morreu na noite desse domingo em uma clínica para pacientes psiquiátricos e a família suspeita de overdose. A Polícia Civil investiga o caso como morte a esclarecer. A unidade de saúde afirma que foi prestado todo o socorro necessário.

“A gente quer que seja investigado se foi overdose, lícita ou ilícita”, fala o representante comercial Paulo Sérgio de Oliveira, 61 anos, pai de Rafael Guimarães de Oliveira, referindo-se à ingestão de entorpecentes ou de medicamentos.

Abalado, Paulo conta que o filho era usuário de drogas e morava em outro município. No início do mês, a namorada de Rafael e o jovem pediram ajuda para que ele fosse internado.

A família então decidiu interná-lo em uma clínica de Três Lagoas. A unidade de saúde pediu exames e Rafael, conforme Paulo, foi levado à Clínica Carandá, em Campo Grande.

De acordo com o representante comercial, um dia depois o filho fugiu, mas, foi encontrado por ele e aceitou voltar à Clínica Carandá.

Do dia 12 até esse domingo, 21, Paulo diz que questionava a clínica diariamente sobre os exames e a última informação que recebeu foi que estariam prontos nessa segunda ou na terça-feira.

Paulo, pai de Rafael diz que filho não tinha problemas de saúde. (Foto: Marcos Ermínio)
Paulo, pai de Rafael diz que filho não tinha problemas de saúde. (Foto: Marcos Ermínio)

Pouco antes das 17 horas de ontem, Paulo ligou para saber do filho e foi informado de que estava bem, mas agitado. Por volta das 18h50 soube que o filho tinha tido uma parada cardíaca e morrido.

A Clínica Carandá informou que quando o rapaz passou mal, acionou socorro e Rafael foi levado ao Hospital Miguel Couto. De acordo com Paulo, o filho chegou morto ao local.

O representante comercial afirma que o jovem não tinha problemas de saúde e que foi contada a ele três versões sobre a morte. “Senti algo de errado. Me passaram três horários diferentes”, fala. “Para mim, ele foi desovado lá”, disse sobre o hospital.

A Clínica Carandá afirma que prestou todo o socorro necessário e que só irá se manifestar sobre a suspeita da família, de overdose, após conclusão de laudo.

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