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Capital

Responsabilidade da UFMS, Lago do Amor não é limpo há meses

Com as chuvas dos últimos meses, sujeiras voltam a se acumular nas margens do Lago do Amor

Gabriel de Matos e Thays Scnheider | 23/03/2023 15:30
Entulho acumulado na beira do Lago do Amor, nesta quinta-feira. (Foto: Paulo Francis)
Entulho acumulado na beira do Lago do Amor, nesta quinta-feira. (Foto: Paulo Francis)

O Lago do Amor, localizado na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), está com resíduos como garrafas pet, embalagens e outros itens próximos às margens. Segundo comerciantes que trabalham no local, as sujeiras se acumulam por conta das chuvas e não há limpeza faz mais de três meses.

O Lago do Amor está na área da UFMS e a limpeza é de responsabilidade da instituição de ensino. O acumulado de água é um braço do Córrego Bandeira e muitas das sujeiras acumuladas vêm do próprio leito do córrego.

A situação de sujeira piorou desde a chuva do começo de janeiro, que alagou toda a região do lago. Além disso, a força das águas causou a queda da passarela e ciclovia no sentido bairro da Avenida Senador Filinto Müller.

O comerciante José Carlos Monteiro, de 57 anos, vende coco no local há mais de 10 anos. Ele relata que depois das grades e das chuvas, os lixos passaram a se acumular com mais frequência no lago. "Cheguei a ver bateria de carro e televisão dentro do lago. Quando não tinha a grade, eu conseguia limpar próximo à margem".

Na mata ao redor, também há muitas garrafas e dejetos. (Foto: Paulo Francis)
Na mata ao redor, também há muitas garrafas e dejetos. (Foto: Paulo Francis)

José ainda ressalta que a sujeira espanta turistas que vão ao ponto turístico, especialmente nos fins de semana. "Quando o visitante se depara com a sujeira, vai embora". Ele ainda completou informando que desde janeiro não observa o lago sendo limpo.

A comerciante Maria da Silva, de 59 anos, disse que é desanimador atender clientes diante da situação no lago. "É desanimador chegar para trabalhar e ver essa sujeira toda. A UFMS deve fazer a limpeza. Do lado de fora, os próprios comerciantes limpam".

A mulher de 59 anos ainda demonstrou medo por conta do acúmulo de água em garrafas pet e similares. "A sujeira vem da chuva, não vem daqui. Garrafa pet que fica, correndo o risco de dengue. Eles não conseguem entrar para limpar".

Em nota a UFMS afirmou que o resultado do lixo no Lago do Amor é uma mescla de material trazido pelas águas das chuvas, e também do descarte inadequado de resíduos sólidos nos arredores. Promovemos periodicamente a limpeza no local e ações de conscientização com os usuários são frequentes. Além disso, há grupos de voluntários que fazem atividades no local. Por exemplo, neste sábado, será feita uma ação por uma equipe da Ordem Franciscano Secular.

Grade que impede acesso, com lixo jogado por frequentadores. (Foto: Paulo Francis)
Grade que impede acesso, com lixo jogado por frequentadores. (Foto: Paulo Francis)


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