Réu por corrupção, vereador pede mais 4 meses para tratar de "interesse pessoal"
Claudinho pediu para ficar até 120 dias fora do cargo "para concentrar todos os esforços" em se defender
Faltando três sessões para perder o mandato e após 15 dias de licença médica, o vereador Cláudio Jordão de Almeida Serra, o Claudinho Serra (PSDB), quer mais tempo afastado do cargo. O protocolo da licença para tratar de interesse particular foi feito no fim da tarde desta terça-feira (14), na Câmara de Campo Grande.
No dia 30 de abril, quatro dias depois de deixar a prisão, o parlamentar apresentou atestado médico com validade para um mês de tratamento por estar “psicologicamente abalado”. Nesta terça, ele foi ao Legislativo municipal novamente para garantir o afastamento sem a perda do mandato. A licença para tratar de interesse particular, se autorizada, tem prazo de no máximo 120 dias.
“Para continuar o tratamento da minha saúde, bem como para a preservação da minha dignidade, integridade psicológica, com o fim de cuidar do bem-estar da minha família e concentrar todos os esforços em minha defesa, decidi pedir licença para tratar de interesse particular, sem qualquer remuneração”, afirma Claudinho Serra em nota.
Nesta terça-feira, o vereador voltou a dizer que é inocente das acusações de ser o mentor de grupo que desviava recursos da Prefeitura de Sidrolândia, quando atuou como secretário de Fazenda, na gestão sogra e atual da prefeita Vanda Camilo (PP).
Preso por 23 dias, após ter sido alvo da 3ª fase da Operação Tromper, Claudinho contou ao presidente da Câmara, vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), que viu colega de cela morrer, embora a pessoa citada tenha morrido em hospital.
Afastado do cargo, o vereador será substituído pelo suplente. O Legislativo convocou o ex-vereador Lívio Viana Leite (União Brasil), o 4º suplente, para assumir a vaga, mas o 8º suplente, Gian Sandim, promete ir à Justiça para ficar com a cadeira. Ele alegará que é do PSDB e o partido é “dono” do mandato, segundo a legislação eleitoral.
Veja a nota de Claudinho Serra na íntegra: