Sargento da Polícia Militar é o primeiro condenado na operação Omertà
A pena é de 10 anos por organização criminosa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional
O policial militar Rogério Luís Phelippe foi o primeiro condenado na operação Omertà. Realizado na última segunda-feira (dia 8), o julgamento na Auditoria Militar resultou em condenação de 10 anos e 11 meses pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional.
A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado e o terceiro sargento deve ser expulso da PM (Polícia Militar). Alvo da 3ª fase da operação, batizada de Armagedon, Rogério foi apontado como chefe dos seguranças da família Name. Os empresários Jamil Name e Jamil Name Filho estão presos desde setembro de 2019 na Omertà, que investiga organização criminosa, homicídios, milícia armada e contrabando de armas.
O policial era considerado espécie de substituto no grupo criminoso do ex-guarda civil Marcelo Rios, o primeiro a ser preso, em maio de 2019, com arsenal atribuído à organização. Após a primeira fase da operação, ele fez pesquisas na internet sobre promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).
A defesa de Rogério Phelippe vai recorrer para derrubar a condenação. “Discordamos da condenação por inteiro. Entendemos que ele é inocente”, afirma o advogado Ricardo Souza Pereira.
Processos da operação tramitam também nas Varas Criminais de Campo Grande, sendo a maioria na 1ª Vara, e na 2ª Vara do Tribunal do Júri.