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Capital

Sargento preso por cobrar propina de "cigarreiros" tem condenação recente

Pena foi imposta no meio do ano, depois de processo na Auditoria Militar

Aline dos Santos | 03/12/2017 08:30
O policial Alex de Aguir, preso na sexta-feira. (Foto: Reprodução Facebook)
O policial Alex de Aguir, preso na sexta-feira. (Foto: Reprodução Facebook)

Preso sob suspeita de cobrar propina para liberar carga de cigarro vinda do Paraguai, o sargento Alex Duarte de Aguir, 38 anos, foi condenado em julho deste ano na Auditoria Militar. A condenação foi de um ano e nove meses de detenção foi determinada pelo juiz Alexandre Antunes da Silva. O regime era aberto e o condenado poderia recorrer em liberdade.

O sargento e mais três policiais militares foram denunciados pelo MP/MS (Ministério Público) por entrar sem ordem judicial na casa de um homem no Jardim Colúmbia, em Campo Grande, na noite de 31 de agosto de 2015.

Lotado no 10º Batalhão da PM (Polícia Militar), o sargento disse que iria até à área do nono batalhão para apurar denúncia de ponto de venda de droga repassada por informante. No entanto, após agredir a vítima, Aguir informou que seria um “recado” de parentes, para quem o homem havia prestado serviço e discutido sobre valores após ser demitido.

No processo, o sargento confessou que entrou em via de fato com a vítima por pendências particulares. Para o magistrado, o acusado utilizou-se de todos os meios disponíveis do aparato público para chegar ao seu objetivo delituoso.

“Nessa linha, verificou-se que o motivo determinante que levou a efeito a prática dos crimes baseou-se, única e exclusivamente, em “resolver” um problema de cunho estritamente particular e ilegal, revelando-se, portanto, de elevada reprovabilidade”, informa o juiz na decisão. A condenação foi por lesão corporal, ameaça e por entrar na residência sem autorização.

A defesa de Alex Duarte de Aguir recorreu ao TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) contra a condenação. No Facebook, o sargento informa que é lotado no 10º Batalhão da PM e já atuou no DOF (Departamento de Operações de Fronteira).

Caso - Segundo o Boletim de Ocorrência, equipes policiais – Rotac (Rondas Ostensivas de Ações de Choque) e Rocam ( Rondas Ostensivas com Apoio de Motos) – foram acionadas pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) no dia primeiro de dezembro. A informação era de que o motorista estava com policiais, que exigiam R$ 150 mil para liberar o caminhão-baú.

O sargento e o o cabo Rafael Marques da Costa, 28 anos, foram presos por corrupção passiva. De acordo com nota divulgada pela PM (Polícia Militar), o flagrante foi finalizado pela Corregedoria da Corporação e eles serão encaminhados ao Presídio Militar Estadual.

Os policiais prestaram depoimento na Corregedoria e o motorista e a carga foram levados para a Polícia Federal, em Campo Grande.

Movimentação de policiais no local onde ocorreu a prisão. Foto (Nyelder Rodrigues)
Movimentação de policiais no local onde ocorreu a prisão. Foto (Nyelder Rodrigues)
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