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Capital

Sem transparência, funcionária desviou R$ 46,6 mil do Hospital de Câncer

Coordenadora do financeiro pedia depósitos na própria conta bancária para procedimentos particulares urgentes

Gabriela Couto | 24/12/2021 11:55
Entrada do Hospital de Câncer Alfredo Abrão. (Foto: Arquivo)
Entrada do Hospital de Câncer Alfredo Abrão. (Foto: Arquivo)

Depois de oito anos da Operação Sangue Frio, o Hospital de Câncer Alfredo Abrão volta a ser alvo de investigações por irregularidades envolvendo dinheiro público e falta de transparência da unidade que atende pessoas com câncer em Campo Grande.

O Campo Grande News teve acesso aos documentos que originaram novo procedimento da 49ª Promotoria de Justiça, sob responsabilidade do promotor Gevair Ferreira Lima Júnior. Dentre as denúncias, está o material com dados de uma sindicância interna da unidade, que resultou na demissão da coordenadora de faturamento Vanessa Almodi Ferreira Morales.

De acordo com o documento, ela teria desviado R$ 46,6 mil entre dezembro de 2020 a maio de 2021. Conforme a sindicância, a funcionária operava de forma simples. "Vanessa escolhia a seu critério, o médico prestador de serviços de procedimentos particulares que possuía certa proximidade profissional e que precisava realizar procedimento com certa urgência. Aproveitando-se dessa confiança e urgência estava escolhido o alvo", detalha o relatório.

Com isso, ela passava seus dados ao prestador de serviço ou diretamente ao paciente para fazer o pagamento do seu procedimento diretamente em sua conta bancária. Depois, ela entrava no sistema ou pedia para um funcionário do setor emitir nota fiscal para o médico ou paciente no valor depositado, mas o comprovante era cancelado na sequência. Em nenhum momento ela repassava o dinheiro para a Fundação que administra o hospital.

Somente de um paciente foi identificada a cobrança de R$ 21 mil. O filho da vítima apresentou as notas fiscais emitidas com valores que variavam de R$ 500 a R$ 7,9 mil que entraram na conta da funcionária. A reportagem entrou em contato com o advogado que representou a suspeita no dia da demissão, em maio deste ano e ele afirmou não estar mais no caso e que a ex-cliente trocou de telefone. Até o fechamento desta reportagem, ela não foi encontrada.

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