Um ano após a morte, defesa alega falta de provas para absolver mãe de Sophia
Coleta de mensagens de texto no celular de ré foi feita de maneira ilegal, na tese dos advogados
A defesa de Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, protocolou no fim da noite desta sexta-feira (26) recurso em que argumenta a falta de provas sobre a suposta participação da jovem na morte de Sophia Ocampo, aos 2 anos e 7 meses. Ela havia sido mandada a júri popular por homicídio com qualificadoras, mas a Justiça de Mato Grosso do Sul retirou de pauta o julgamento, anteriormente marcado para os dias 12, 13 e 14 de março.
Nos autos, obtidos pelo Campo Grande News, os advogados alegam que o MP "não conseguiu provar que havia qualquer conduta por parte da acusada, sendo certo que a acusação deixa de separar 'o joio do trigo', colocando os institutos da ação e omissão imprópria, como se fossem a mesma coisa".
Além disso, a defesa de Stephanie descreveu que as provas coletadas são ilegais, uma vez que o aparelho celular da acusada foi manuseado por policiais, e que conversas entre ela e o então companheiro, Christian Campoçano Leitheim, de 26 anos, foram extraídas sem autorização judicial.
"[...] ocorreu nitidamente a falta do devido cuidado com colheita da prova no momento em que vislumbrasse a ausência do auto de apreensão no local, que inevitavelmente abre espaço para várias violações e quebras de cadeia de custódia da prova apreendida", diz trecho dos autos.
Stephanie, segundo os autos do processo, iria a júri por ter sido omissa e, assim, ter responsabilidade pela morte da filha. Já o padastro responde pelo homicídio e por supostamente estuprar a criança.
Até o fechamento desta reportagem, a defesa de Christian ainda não havia protocolado recurso.
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