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Capital

Um ano após a morte, defesa alega falta de provas para absolver mãe de Sophia

Coleta de mensagens de texto no celular de ré foi feita de maneira ilegal, na tese dos advogados

Por Gustavo Bonotto e Anahi Zurutuza | 26/01/2024 23:00
Stephanie de Jesus da Silva é escoltada durante audiência realizada em maio de 2023. (Foto: Alex Machado)
Stephanie de Jesus da Silva é escoltada durante audiência realizada em maio de 2023. (Foto: Alex Machado)

A defesa de Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, protocolou no fim da noite desta sexta-feira (26) recurso em que argumenta a falta de provas sobre a suposta participação da jovem na morte de Sophia Ocampo, aos 2 anos e 7 meses. Ela havia sido mandada a júri popular por homicídio com qualificadoras, mas a Justiça de Mato Grosso do Sul retirou de pauta o julgamento, anteriormente marcado para os dias 12, 13 e 14 de março.

Nos autos, obtidos pelo Campo Grande News, os advogados alegam que o MP "não conseguiu provar que havia qualquer conduta por parte da acusada, sendo certo que a acusação deixa de separar 'o joio do trigo', colocando os institutos da ação e omissão imprópria, como se fossem a mesma coisa".

Além disso, a defesa de Stephanie descreveu que as provas coletadas são ilegais, uma vez que o aparelho celular da acusada foi manuseado por policiais, e que conversas entre ela e o então companheiro, Christian Campoçano Leitheim, de 26 anos, foram extraídas sem autorização judicial.

"[...] ocorreu nitidamente a falta do devido cuidado com colheita da prova no momento em que vislumbrasse a ausência do auto de apreensão no local, que inevitavelmente abre espaço para várias violações e quebras de cadeia de custódia da prova apreendida", diz trecho dos autos.

Em trecho dos autos, defesa de Stephanie pede a desconsideração de provas. (Foto: Reprodução)
Em trecho dos autos, defesa de Stephanie pede a desconsideração de provas. (Foto: Reprodução)

Stephanie, segundo os autos do processo, iria a júri por ter sido omissa e, assim, ter responsabilidade pela morte da filha. Já o padastro responde pelo homicídio e por supostamente estuprar a criança.

Até o fechamento desta reportagem, a defesa de Christian ainda não havia protocolado recurso.

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