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Capital

Padrasto nega envolvimento em assassinato de Sophia e acusa a mãe da menina

Ele afirmou que havia bebido e usado drogas, indo dormir por volta das 4h da madrugada do dia 26 de janeiro

Por Lucia Morel e Ana Beatriz Rodrigues | 05/12/2023 19:14

Christian Campoçano Leitheim, 26, padrasto da pequena Sophia, que morreu em janeiro deste ano aos 2 anos de idade vítima de maus-tratos, negou que tenha matado a criança e acusou a ex-mulher e mãe da menina, Stephanie de Jesus da Silva, 24. Ele afirmou que havia bebido e usado drogas, indo dormir por volta das 4h da madrugada do dia 26 de janeiro.

Em seu primeiro depoimento sobre o caso esta tarde, a mãe de Sophia acusou o ex-marido da morte. Os relatos de ambos hoje são os primeiros desde que a criança morreu.

Por conta desse abuso de entorpecentes, ele disse que certamente não acordaria tão cedo, e foi despertado, por Stephanie, por volta das 16h, dizendo que Sophia não estava bem e que ia levá-la ao posto de saúde. “Quem me acordou foi a Stephanie falando que a Sophia não estava bem. Quando eu vi, ela já estava com a boca roxa e convulsionando”.

O juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, perguntou ao padrasto a quem ele atribuía a morte da criança, já que não teria sido ele. “Olha senhor, a única pessoa que estava comigo em casa era a Stephanie”, relatou.

Questionado duas vezes se havia abusado sexualmente da menina, ele negou e comentou que assim que foi preso, uma das primeiras coisas que pediu a seu advogado foi justamente exame que pudesse atestar que não havia vestígios seus na menina, “um comparativo genético para provar que eu não havia cometido tal ato”.

Afirmou que nunca agrediu Sophia ou o próprio filho como forma de disciplina e que a correção era apenas colocá-los de castigo sentados. “Eu criei meu filho praticamente sozinho e agia da mesma forma com ambos. Colocava sentado para pensar”, afirmou.

Christian negou ter agredido alguma vez a ex-mulher e a enteada, bem como a acusou de ser violenta.

“Eu só fiquei com a Stephanie porque ela estava grávida. Ela era muito explosiva, partia pra cima de mim e eu só reagia”, ao que completou que na única vez que deu um soco na ex-companheira foi para defender as crianças. “Ela falou do olho roxo, com certeza. Mas ela arremessou a Sophia no sofá e bateu na nossa neném, aí perdi a cabeça e dei um murro na cara dela”.

O depoimento de Crhistian continua no Tribunal do Júri em Campo Grande.

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