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Capital

“Um pai”, dizem alunas de professor que morreu durante mergulho no RJ

Corpo de Marcinho chegou em Campo Grande na manhã de hoje e velório aconteceu durante a tarde no Aero Rancho

Ana Paula Chuva e Ana Beatriz Rodrigues | 12/10/2022 14:59
Coroas de flores e amigos na despedida de Marcinho nesta quarta-feira. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Coroas de flores e amigos na despedida de Marcinho nesta quarta-feira. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

Amigos e familiares se despediram do professor de voleibol Márcio de Oliveira Martins, na tarde desta quarta-feira (12). O corpo de Marcinho, como era carinhosamente chamado pelas alunas e família, chegou em Campo Grande, na manhã de hoje, após o acidente ocorrido durante um mergulho na Praia Grande em Arraial do Cabo, na Região do Lagos no Rio de Janeiro (RJ).

Marcinho tinha ido para a capital carioca visita a filha com quem passaria o feriado. Ele chegou na cidade na sexta-feira (7) e no domingo desceu para Arraial na companhia de amigos. Ao Campo Grande News, as alunas disseram que o professor era como um pai para todos já que cuidava delas como fazia com a própria filha.

“Fui aluna dele desde os 7 anos na escola, com 11 começamos a treinar no time de vôlei que ele criou e ficamos com ele até o final do Ensino Médio, depois criamos o time ‘Amigas do Marcinho’ para não perdemos o contato. Ele era mais que um professor, era como um pai para nós”, disse Gabriela Duarte, 26 anos.

Assim como ela, Priscila Souza, 28 anos, também fazia parte do time e era aluna do professor desde os 7 anos de idade e relatou que Marcinho sempre foi muito amoroso e cuidadoso com as alunas.

“Sempre dava conselhos e puxões de orelha quando precisava. A perda dele está sendo muito dolorida para todos nós. Não éramos só um time, éramos uma família. Cuidava de nós como se fossemos a filha dele”, declarou Priscila.

Priscila com a camiseta do time "Amigas do Marcinho" no velório do professor. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)
Priscila com a camiseta do time "Amigas do Marcinho" no velório do professor. (Foto: Ana Beatriz Rodrigues)

O velório foi marcado por muita emoção. As alunas vestiam a camiseta do time e estavam muito emocionadas, assim como a filha de Marcinho, Ariel de Freitas, 27 anos, arquiteta, que contou à reportagem que ficou sabendo do acidente através da ligação de um amigo do professor.

“Nós viemos para Campo Grande quando eu tinha 4 anos, porque ele passou no concurso. Depois meus pais se divorciaram quando eu era adolescente e eu voltei para Minas Gerais. Quando passei no vestibular vim morar com ele até terminar a faculdade e fui embora para o Rio”, disse Ariel.

A arquiteta, era filha única de Marcinho e declarou ainda que, apesar de morar longe, era muito próxima do pai com quem falava todos os dias por ligação e estavam juntos sempre que podiam. “Ele me ligava todos os dias, era sagrado. Sempre que podíamos estávamos juntos”, declarou Ariel, muito emocionada.

Marcinho ao lado das alunas do time "Amigas do Marcinho". (Foto: Arquivo pessoal)
Marcinho ao lado das alunas do time "Amigas do Marcinho". (Foto: Arquivo pessoal)


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