Versões divergentes e falta de laudos travam inquérito da morte de Gabrielly
“Eu sei que eles querem justiça e é isso que a gente vai fazer”, afirma a delegada Fernanda Félix, da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude),
“Eu sei que eles querem justiça e é isso que a gente vai fazer”. A frase é da delegada Fernanda Félix, da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), responsável por investigar a morte de Gabrielly Ximenes Souza, de 10 anos.
A criança morreu na Santa Casa sete dias depois de ser agredida na saída da escola, no dia 29 de novembro. Passado mais de um mês do ocorrido, a família tem cobrado a conclusão da investigação, mas segundo a delegada, faltam detalhes para encerrar o inquérito.
Além da perícia em todo o histórico médico de Gabrielly – do nascimento até a morte –, o resultado do exame necroscópico só fica pronto no dia 27 de janeiro, porque o legisla pediu a prorrogação do prazo para entregar a análise. A ficha da menina na rede municipal de saúde aponta muitas idas à emergência.
Fernanda destaca ainda que já ouviu 18 pessoas durante a investigação -algumas delas mais de uma vez -, mas que três depoimentos têm de ser analisados com mais calma porque colocam mais de uma colega de sala da criança no momento das agressões, mas são divergentes. A apuração tenta estabelecer qual foi a exata participação de cada uma.
O caso - A briga entre Gabrielly e a colega de sala, de 9 anos, teria começado dentro da escola e chegado a rua após a saída das meninas da aula, no dia 29 de novembro.
Para a polícia, a menina de 9 anos confessou ter agredido a vítima sozinha, com “três mochiladas”. Após as agressões, a menina caiu, sentiu dores muito fortes no quadril, teve ajuda de um rapaz na rua, foi andando para uma marquise, pois chovia na hora, onde aguardou “deitadinha” o socorro do Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).
Ao contrário do depoimento, a família de Gabrielly afirmou que a confusão envolveu outras duas adolescentes.