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Capital

Viaduto segue previsto para 2023, mas só bar saiu da margem da BR-163

Depois do medo de perder “ganha-pão”, comerciante está de endereço novo

Aline dos Santos | 30/08/2023 10:03
Na BR-163, área de 70 metros onde ficava bar foi desocupada para obra. (Foto: Henrique Kawaminami)
Na BR-163, área de 70 metros onde ficava bar foi desocupada para obra. (Foto: Henrique Kawaminami)

A obra para construção de viaduto no cruzamento da BR-163 com a Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo, perto da Uniderp Agrárias, em Campo Grande, segue com previsão de começar neste ano. Contudo, até o momento, a única mudança foi a saída do bar, que ficava na faixa de domínio da rodovia, portanto área pública.

Com valor de R$ 25 milhões, a construção é uma medida compensatória de trânsito exigida pela prefeitura de Campo Grande de construtora que faz residenciais na região da Chácara dos Poderes. A expectativa é de que a população atual do bairro, nascido para veraneio, seja multiplicada por sete até 2028 e a frota acrescida de 3.300 veículos.

De acordo com a Plaenge, do total da obra, são R$ 16 milhões em contrapartida ao município e R$ 9 milhões a título de investimento da construtora.

Ainda segundo a empresa, as obras para a transposição de trecho da BR-163, entre os quilômetros 485 e 488, devem se iniciar no segundo semestre de 2023. “Após a conclusão dos processos legais que estão tramitando na Prefeitura Municipal de Campo Grande”.

Já os processos de desapropriação estão em andamento na PGM (Procuradoria-Geral do Município).

Viaduto será no cruzamento da BR-163 com a Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo. (Foto: Henrique Kawaminami)
Viaduto será no cruzamento da BR-163 com a Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo. (Foto: Henrique Kawaminami)

De casa nova – Se em 30 de janeiro o comerciante Sebastião Nicola Dias relatou ao Campo Grande News sobre o medo de perder seu ganha-pão com a obra, agora ele conta que já está de novo endereço, após acordo em que recebeu compensação financeira.

Há 24 anos, ele ocupava área de 70 metros ao lado da BR-163, faixa de domínio da União, onde mantinha casa, bar, quintal e horta. Ele saiu da margem da rodovia há três meses e se prepara para abrir o bar no Bairro José Taveira.

“Nós já gostaríamos de sair de lá porque é muito perigoso, o trânsito era muito intenso e com muito acidente. Para nós, foi um bom negócio nos mudarmos de lá. A casinha é muito boa. Agora, só falta ganhar dinheiro”, afirma Sebastião, detalhando que vai abrir novo bar.

O projeto do viaduto foi aprovado pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), pois o anel viário é uma extensão urbana da BR-163, ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) e CCR MS Via, concessionária que administra a rodovia federal.

No dia 30 de janeiro, Sebastião contou do medo de perder "ganha-pão". (Foto: Marcos Maluf)
No dia 30 de janeiro, Sebastião contou do medo de perder "ganha-pão". (Foto: Marcos Maluf)

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