Viaduto segue previsto para 2023, mas só bar saiu da margem da BR-163
Depois do medo de perder “ganha-pão”, comerciante está de endereço novo
A obra para construção de viaduto no cruzamento da BR-163 com a Avenida Desembargador Leão Neto do Carmo, perto da Uniderp Agrárias, em Campo Grande, segue com previsão de começar neste ano. Contudo, até o momento, a única mudança foi a saída do bar, que ficava na faixa de domínio da rodovia, portanto área pública.
Com valor de R$ 25 milhões, a construção é uma medida compensatória de trânsito exigida pela prefeitura de Campo Grande de construtora que faz residenciais na região da Chácara dos Poderes. A expectativa é de que a população atual do bairro, nascido para veraneio, seja multiplicada por sete até 2028 e a frota acrescida de 3.300 veículos.
De acordo com a Plaenge, do total da obra, são R$ 16 milhões em contrapartida ao município e R$ 9 milhões a título de investimento da construtora.
Ainda segundo a empresa, as obras para a transposição de trecho da BR-163, entre os quilômetros 485 e 488, devem se iniciar no segundo semestre de 2023. “Após a conclusão dos processos legais que estão tramitando na Prefeitura Municipal de Campo Grande”.
Já os processos de desapropriação estão em andamento na PGM (Procuradoria-Geral do Município).
De casa nova – Se em 30 de janeiro o comerciante Sebastião Nicola Dias relatou ao Campo Grande News sobre o medo de perder seu ganha-pão com a obra, agora ele conta que já está de novo endereço, após acordo em que recebeu compensação financeira.
Há 24 anos, ele ocupava área de 70 metros ao lado da BR-163, faixa de domínio da União, onde mantinha casa, bar, quintal e horta. Ele saiu da margem da rodovia há três meses e se prepara para abrir o bar no Bairro José Taveira.
“Nós já gostaríamos de sair de lá porque é muito perigoso, o trânsito era muito intenso e com muito acidente. Para nós, foi um bom negócio nos mudarmos de lá. A casinha é muito boa. Agora, só falta ganhar dinheiro”, afirma Sebastião, detalhando que vai abrir novo bar.
O projeto do viaduto foi aprovado pelo Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), pois o anel viário é uma extensão urbana da BR-163, ANTT (Agência Nacional de Transporte Terrestre) e CCR MS Via, concessionária que administra a rodovia federal.
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