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Capital

Vigilância constata situação precária na Máxima e MPE pede providências

Guilherme Henri | 04/05/2016 10:09
Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)
Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande (Foto: Fernando Antunes)

O Ministério Público do Estado recomendou que a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) tome providências no sentido de melhorar o ambiente do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. A recomendação foi publicada na edição desta quarta-feira (4) do Diário Oficial do órgão e informa que em vistoria realizada pela vigilância e Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) foi constata irregularidades no armazenamento e distribuição de refeições aos detentos, celas lotadas e falta de produtos para higiene.

A publicação pede que a Agepen se manifeste no prazo de 30 dias e ainda recomenda que a agência ofereça a possibilidade de meios de isolamento de casos suspeitos ou confirmados no início do tratamento de doenças infectocontagiosas.

Outras recomendações são as de instalar iluminação em celas, embutir fiações, providenciar uma nova cadeira de rodas a um detento e adaptar os espaços mobiliários para melhor atender aos portadores de deficiências e de mobilidade reduzida.

As recomendações só reforçam o que já foi denunciado pelas mulheres de detentos antes de uma passeata realizada na semana passada pedindo providências pela situação lamentável da unidade penal.

Segundo as esposas, que não quiseram se identificar, presos com tuberculose dividem cela com outros presos, o odor no presídio é muito forte e a alimentação já chega aos internos azeda por conta da demora em ser servida. “Eles já estão pagando sua divida com a sociedade. Não precisam ser tratados como animais”, disse uma das manifestantes.

A reportagem entrou em contato com a Agepen, mas foi informada que o diretor presidente Ailton Stropa estava em reunião.

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