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Cidades

Com prisão de mulher, Polícia Civil tenta chegar a cabeças de golpe

A intenção é que, com a prisão dos membros mais influentes do grupo de estelionatários, as vendas dos falsos créditos acabem

Bruna Kaspary | 09/12/2018 13:10
Caso está desde 2015 sob responsabilidade do delegado Maércio Alves Barbosa (Foto: Bruna Kaspary)
Caso está desde 2015 sob responsabilidade do delegado Maércio Alves Barbosa (Foto: Bruna Kaspary)

A prisão de Maria Inês Leite, de 55 anos, foi apenas a primeira que a Polícia Civil realizou relacionada às investigações da operação "Au Metal". Agora, a intenção é identificar e prender os principais envolvidos no golpe, para que as vendas de falsos créditos de uma empresa com dinheiro a receber acabem e não apareçam novas vítimas.

De acordo com o delegado Maércio Alves Barbosa, responsável pelas investigações realizadas pela Polícia Civil, Maria Inês foi uma das primeiras pessoas que começaram a aplicar o golpe, junto com Celso Éder Gonzaga de Araújo, Anderson Flores de Araújo, Olodoaldo Arruda de Souza e Sidney Anjos Peró, presos durante a operação Ouro de Ofir, da Polícia Federal.

Na casa da advogada foram encontrados uma agenda e diversos documentos que comprovavam o envolvimento dela no golpe. “Como ela tinha conhecimento legal de como as coisas funcionavam, há um bom tempo ela não fazia mais contratos, mas encontramos planilhas com nomes de diversas vítimas”, explica o delegado.

Ele ainda relembra a astúcia usada pelo grupo, ao usar notícias da política e economia mundial para ludibriar as vítimas. "Se prendermos os que são mais influentes, acreditamos que vamos conseguir conter essas ações, porque eles têm muita lábia para enganar as pessoas”, comenta Barbosa.

A prisão de Maria Inês aconteceu na tarde de quarta-feira (05), quando ela voltava para casa e, apesar da prisão dos demais integrantes da quadrilha, somente agora que a polícia encontrou provas suficientes para conseguir caracterizar o envolvimento da advogada no golpe e pedir a prisão dela.

As investigações - O grupo atua há pelo menos 14 anos e desde 2015 está sendo investigado pela polícia de Mato Grosso do Sul. Ainda não se sabe ao certo quantas vítimas os golpistas fizeram, somente que está atuando em todo o país.

Com as planilhas encontradas da casa de Maria Inês, os policiais conseguirão dimensionar o tamanho do prejuízo causado por ela. “Ainda falta muito conseguir terminar com tudo, somente a gente tem 17 volumes de inquérito, cada um com 200 páginas. Eu mandei 150 pedidos para ouvir vítimas do golpe para todo o país”, conclui Barbosa.

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