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Cidades

Extradição de Cesare Battisti deve ser feita diretamente entre Bolívia e Itália

Italiano não deve passar pelo Brasil; uma aeronave da polícia da Itália já está em território boliviano para o translado

Silvia Frias | 13/01/2019 08:32
Battisti preso ontem, em Santa Cruz de La Sierra (Foto/Reprodução: Polícia Boliviana)
Battisti preso ontem, em Santa Cruz de La Sierra (Foto/Reprodução: Polícia Boliviana)

A extradição de Cesare Battisti deve ser feita diretamente da Bolívia para a Itália, sem passar pelo Brasil. O italiano foi preso ontem, em Santa Cruz, em operação conjunta das polícias dos dois países e do Brasil. Ele estava sendo procurado desde dezembro de 2018, quando teve prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal).

Battisti, de barba e bigode, foi preso enquanto caminhava em Santa Cruz e não ofereceu resistência. A prisão dele foi comemorada pelo ministro do Interior italiano, Matteo Salvini, pelas redes sociais e em troca de mensagens com o deputado federal Eduardo Bolsonaro.

“Agradeço as forças policiais italianas e estrangeiras e todos aqueles que trabalharam pela captura de Cesare Battisti, um delinquente que não merece uma vida confortável na praia”. Em resposta, o deputado brasileiro disse: “Matteo, o presente está chegando”, disse.

Autoridades brasileiras envolvidas na prisão de Battisti acreditam que ele será deportado diretamente da Bolívia para a Itália, já que as chances de ter entrado legalmente no país são muito pequenas. De acordo com Agência Brasil, há uma aeronave do governo italiano com agentes da Aise, a agência de inteligência do país, aguardando orientações, em território boliviano. Ele já estava sendo monitorado há pelo menos uma semana. A polícia italiana divulgou vídeo curto, de pouco antes da prisão em Santa Cruz.

No dia 4 outubro de 2017, Battisti tentou atravessar a fronteira com a Bolívia por Corumbá, em um taxi. Com ele, foram encontrados seis mil dólares e três mil euros e, na ocasião, foi preso por evasão de divisas.

O italiano ganhou a liberdade em 6 de outubro depois que o TRF3 (Tribunal Regional Federal) da 3ª Região lhe concedeu habeas corpus com a condição de que ele usasse tornozeleira eletrônica e se apesentasse mensalmente à Justiça. O equipamento foi colocado em passagem por Campo Grande.

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