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Cidades

Fazenda investigada pelo MPF era da família Bumlai

Redação | 14/09/2010 15:55

A fazenda São Gabriel, em Corumbá, pela qual o Incra teria pago R$ 7,5 milhões a mais do que o valor de mercado, pertencia à família Bumlai, uma das mais representativas da agropecuária no País.

O patriarca, José Carlos Bumlai, é amigo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que costuma, inclusive frequentar fazendas do pecuarista em Mato Grosso do Sul.

Bumlai também integra o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social criado pelo governo federal.

Na ação na Justiça Federal em que o MPF (Ministério Público Federal)questiona a venda da fazenda, e obteve a suspensão do pagamento pelo Incra, aparecem como beneficiários da transação quatro filhos de José Carlos Bumlai, Maurício de Barros Bumlai, Fernando de Barros Bumlai, Cristiane de Barros Marques Bumlai Pagnoceli e Guilherme de Barros Costa Marques Bumlai.

Supervalorização- A denúncia feita pelo MPF à Justiça é de que a área foi comprada por R$ 7,5 milhões acima do valor de mercado. A fazenda, de 4,6 mil hectares, foi avaliada, em 2005, época da aquisição pelo Incra, em R$ 20 milhões. Desse total, R$ 4 milhões eram referentes às benfeitorias, que são pagos à vista, e R$ 16 milhões para a terra nua.

A perícia solicitada pelo MPF, porém, concluiu que o valor real da fazenda, na época da compra pelo Incra era de R$ 13 milhões, sendo R$ 10 milhões referentes à terra e R$ 2,8 milhões às benfeitorias.

Conforme o MPF, já foram pagos R$ 14,2 milhões. O valor a ser pago pela terra nua foi convertido em título, resgatáveis em até dez anos.

A decisão liminar, proferida pelo juiz Eduardo José da Fonseca Costa, da 1ª Vara Federal de Corumbá, determina a suspensão do pagamento dos títulos ainda não resgatados pelos ex-proprietários da fazenda.

O MPF também anunciou que ingressará com ação pedindo a anulação dos títulos já emitidos e a devolução dos valores pagos indevidamente.

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