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Cidades

Força-tarefa prorroga por seis meses investigação da Lama Asfáltica

Aline dos Santos | 26/02/2016 08:18
No dia 18 de fevereiro, promotora  Cristiane Mourão participa de balanço da força-tarefa. (Foto: Alan Nantes)
No dia 18 de fevereiro, promotora Cristiane Mourão participa de balanço da força-tarefa. (Foto: Alan Nantes)

O MPE (Ministério Público do Estado) prorrogou por mais 180 dias o prazo para a conclusão de três inquéritos civis na força-tarefa da Lama Asfáltica. O grupo de promotores atua desde agosto do ano passado e, num balanço de seis meses divulgado recentemente, informou o bloqueio de R$ 84 milhões dos investigados.

A força-tarefa apura denúncias relacionadas à operação Lama Asfáltica, realizada em 9 de julho pela PF (Polícia Federal). A ação revelou esquema entre empresas e a antiga administração estadual para desvio de dinheiro.

Foram prorrogados os seguintes inquéritos civis: 14/2009, 27/2011 e 133/2014. Todos são sigilosos. As investigações são desde 2009 porque a determinação era apurar todas denúncias correlatas aos investigados na operação.

A edição de hoje do Diário Oficial do MPE também prorroga por 90 dias a conclusão de 12 procedimentos preparatórios da força-tarefa. Essas apurações também são feitas sob sigilo.

Balanço - Após seis meses da investigação, o MPE divulgou relatório com as principais irregularidades, como o desvio de recursos públicos em obras de estradas com contratos que ultrapassam R$ 11,5 milhões.

Em relação à terceirização ilegal de serviços públicos, o Ministério Público contesta contratos de serviços de informática na ordem de R$ 55 milhões. O enriquecimento ilícito de agentes públicos estaduais e municipais também é investigado.

De acordo com relatório, a esposa de um servidor municipal teria gasto, em três anos, R$ 904 mil em joias. A força-tarefa apura também de quem é responsabilidade pela morte de 6 mil peixes do Aquário do Pantanal, em junho do ano passado.

A equipe é formada pelos promotores Fernando Martins Zaupa, Thalys Franklyn de Souza, Tiago Di Giulio Freire e Cristiane Mourão Leal Santos. No total, foram 60 procedimentos investigatórios e 257 depoimentos prestados.

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