Advogado de enfermeiro diz que polícia está na “estaca” zero em caso Marielly
Advogado do enfermeiro suspeito de fazer o aborto que resultou na morte de Marielly Barbosa Rodrigues, David Moura de Olindo afirma que a polícia está na “estaca zero” na investigação do caso.
O enfermeiro Jodimar Ximenes Gomes se entregou ontem na delegacia de Sidrolândia, cidade onde mora, após ter prisão temporária decretada. A justiça também determinou a prisão de Hugleice da Silva, cunhado de Marielly. Ele deve se entregar nesta quinta-feira.
Conforme o advogado David Olindo, o pedido de relaxamento da prisão de Jodimar será apresentado até segunda-feira. “Nunca chamaram o Jodimar para prestar esclarecimento. E ele tem endereço certo, profissão definida e foi encontrado todas as vezes”, justifica.
O advogado ainda questiona porque materiais como a maca e o celular só foram apreendidos ontem, treze dias depois da primeira apreensão feita na casa do suspeito. No imóvel, foram encontrados vários materiais cirúrgicos e medicamentos, mas nenhum para uso exclusivo em casos de aborto.
Ontem, o delegado Fabiano Nagata, responsável pelo caso, afirmou que as prisões deixam a polícia mais perto de esclarecer o crime. Ele não deu detalhes sobre os motivos para mandar prender o cunhado da vítima e o enfermeiro.
As prisões temporárias foram decretadas pela juíza Silvia Eliane Tedardi da Silva, da comarca de Sidrolândia, e valem por 30 dias.
Marielly desapareceu no dia 21 de maio. Ela saiu de casa no Jardim Petrópolis, em Campo Grande, dizendo que iria resolver "um problema" e depois iria ver o namorado. Ela não foi mais vista.
Na tentativa de localizar a jovem, a família realizou manifestação na rua e distribuição de panfletos com a foto da garota. O desaparecimento teve desfecho trágico. O corpo da jovem foi encontrado em um canavial, em Sidrolândia, no último dia 11 de junho.