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Interior

Ainda em greve, professores retardam aulas e alunos vão para escola às 8h30

Para Simted, redução do horário cumpre liminar do TJ, que mandou sindicato manter dois terços de professores trabalhando

Helio de Freitas, de Dourados | 22/08/2017 09:10
Alunos chegam às 8h28 desta terça-feira à Escola Loide Bonfim Andrade, em Dourados (Foto: Helio de Freitas)
Alunos chegam às 8h28 desta terça-feira à Escola Loide Bonfim Andrade, em Dourados (Foto: Helio de Freitas)

Estudantes de escolas da Rede Municipal de Ensino de Dourados, cidade a 233 km de Campo Grande, chegaram às escolas às 8h30 desta terça-feira (22), uma hora e meia após o horário normal de início do período matutino.

A redução do tempo de aula faz parte da greve de professores e servidores das escolas municipais, iniciada ontem na segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul. As categorias reivindicam reajuste salarial. Os educadores não tiveram reposição do piso nacional em 2017 e os administrativos estão com salário defasado há três anos.

De acordo com o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação), a medida cumpre a liminar do desembargador Carlos Eduardo Contar, do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), que determinou 66% dos educadores trabalhando. Se a decisão fosse descumprida, o Simted (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) pode ser multado em R$ 50 mil por dia.

Ontem, a prefeitura contestou a medida anunciada pelo sindicato e alertou aos pais que o horário de funcionamento das escolas seria “normal” nesta terça-feira.

“A Procuradoria Geral do Município esclarece que a decisão judicial que garantiu o percentual mínimo de servidores em sala de aula não limita horário de trabalho. Além disso, não cabe ao sindicato determinar de forma diferente”, afirmou a Secretaria de Educação. Entretanto, a maioria das escolas só iniciou as aulas às 8h40.

A Rede Municipal de Ensino de Dourados tem 30 mil estudantes. São pelo menos quatro mil servidores na Rede Municipal de Ensino, sendo 800 administrativos e 3.200 professores. O Simted anunciou que vai recorrer contra a liminar do Tribunal de Justiça.

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