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Interior

Ainda sem ordem oficial, Exército diz que operação será prorrogada

Até agora não chegou documento do Ministério da Defesa determinando prorrogação, mas general já anunciou que militares permanecem por mais 30 dias em área de conflito

Helio de Freitas, de Dourados | 30/09/2015 13:19
Homens do Exército estão há 30 dias na região de Antonio João e devem permanecer no local por mais um mês (Foto: Marcos Ermínio)
Homens do Exército estão há 30 dias na região de Antonio João e devem permanecer no local por mais um mês (Foto: Marcos Ermínio)

A Operação Dourados, deflagrada pelo Exército brasileiro no dia 1º deste mês para restabelecer a paz entre produtores rurais e índios no município de Antonio João, a 279 km de Campo Grande, deve ser prorrogada por mais um mês. O prazo de 30 dias, previsto no documento emitido no fim de agosto pelo Ministério da Defesa, termina nesta quarta-feira (30).

Nesta quarta-feira, general Rui Yutaka Matsuda, o comandante da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, localizada em Dourados, disse em entrevista à imprensa que os militares vão permanecer por mais 30 dias na região de Antonio João. Entretanto, o serviço de comunicação da brigada informou ao Campo Grande News que até agora o documento com a ordem de prorrogação ainda não foi enviado pelo Ministério da Defesa.

Pelo menos 800 militares estão na região de Antonio João depois que o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) solicitou ao governo federal o apoio do Exército na região em que os índios lutam pela posse da área Ñanderu Marangatú, de 9.300 hectares.

No dia 29 de agosto, o guarani-kaiowá Semião Fernandes Vilhalva, 24, morreu com um tiro na cabeça durante confronto com produtores rurais que tentavam expulsar os índios à força. A morte é investigada pela Polícia Federal em Ponta Porã.

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