Alvo de ação contra lavagem de dinheiro, borracheiro é preso com armas
Douradense é investigado na 4ª fase da Operação Fim da Linha, deflagrada hoje em 22 estados e no DF
O borracheiro Ademar Vitor Cardoso, 58, um dos alvos da quarta fase da Operação Fim da Linha, deflagrada hoje (7) pela Polícia Civil em 22 estados no Distrito Federal, foi preso em flagrante por posse ilegal de arma. A prisão ocorreu durante cumprimento de mandado de busca na casa dele, na Rua Coronel Noronha, na Vila Industrial, em Dourados (a 251 km de Campo Grande).
Conduzida pela polícia do Rio Grande do Sul, a operação cumpriu 383 mandados de busca e apreensão, sendo 71 deles em Mato Grosso do Sul, contra pessoas físicas e empresas investigadas por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. A polícia não revelou detalhes sobre a ligação do borracheiro douradense com o esquema.
No armário do quarto da casa onde Ademar mora com a esposa, os policiais encontraram as duas espingardas e 13 munições calibre 12. Ele confessou ser dono das armas, que apesar de permitidas, não tinham registro.
Segundo o investigado, a espingarda calibre 36 pertencia a seu falecido sogro. Sobre a escopeta 12, afirmou ter comprado há cerca de 15 dias de uma pessoa desconhecida, por R$ 4 mil.
Os policiais também fizeram buscas na empresa de Ademar, uma borracharia localizada anexa a um posto de combustíveis na BR-163, mas nada de ilícito foi encontrado. Os celulares dele e da mulher dele foram apreendidos.
Responsável pelo flagrante das armas, o delegado Lucas Albe Veppo, da 2ª Delegacia de Polícia, estipulou fiança de R$ 3 mil. O valor já foi pago e o borracheiro colocado em liberdade.
Conforme a polícia do Rio Grande do Sul, 187 veículos, sete embarcações e nove aeronaves incluídos na lista de bens a serem apreendidos foram avaliados em R$ 43 milhões. Além das buscas, foram cumpridos quatro mandados de prisão em Mato Grosso do Sul. Em Ponta Porã, os policiais apreenderam R$ 1 milhão em espécie em casa de alto padrão.
O alvo principal da operação de hoje é uma rede de supermercados gaúcha, suspeita de envolvimento com a lavagem de dinheiro. A empresa teria recebido dinheiro de duas empresas e de uma pessoa física de Mato Grosso do Sul.