Após roubos violentos, polícia do Brasil pede apoio ao Paraguai
A suspeita é de que os criminosos que tem feito reféns no Brasil sejam do país vizinho
Roubos violentos na fronteira motivaram reunião entre policiais do Brasil e de Paraguai, nesta segunda-feira. A Polícia Civil e Polícia Militar dos municípios de Mundo Novo e Japorã se reuniram com o comando da Polícia Paraguaia em Salto del Guairá-PY para debater o elevado número de roubos registrados na região.
De acordo com as vítimas dos roubos, os criminosos são de origem paraguaia e são violentos. Os veículos e outros objetos roubados, em sua maioria, são levados para o país vizinho e lá comercializados.
Durante a reunião, foram traçadas estratégias de ações coordenadas entre as forças policiais dos dois países. Foram, também, estreitados os laços entre as forças de segurança para o permanente contato e comunicação contemporânea aos crimes ocorridos. Por fim, organizou-se ações de integração e compartilhamento de informações.
Esse tipo de ação, segundo a polícia, é fundamental para desestimular os criminosos, que se aproveitam da situação peculiar de fronteira, para cometer crimes e se evadir ao país vizinho. Com a ação coordenada entre as Policias do Brasil e Paraguai, o êxito desses crimes tende a diminuir e a elevar a elucidação dos crimes, bem como a recuperação de objetos e veículos roubados.
Tiro na cabeça - Além de pessoas mantidas em cárcere no Brasil até o que o veículo ultrapasse a fronteira, há casos de morte. Um desses crimes foi registrado no início do mês. A Polícia Civil de Mundo Novo, cidade a 476 km de Campo Grande, suspeita que o furto de uma motocicleta teria motivado o assassinato de Isidro dos Santos, 23 anos em um acampamento sem terra.
Ele foi morto após uma dupla de capacete e armados entrarem na residência e dispararem contra a vítima. O jovem foi atingido por três tiros, na testa, ombro e cabeça. Após os disparos, os atiradores fugiram numa motocicleta preta, com placas do Paraguai.