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Interior

Bloqueio em rodovia completa 24 horas sem negociação

Indígenas protestam por falta de água nas aldeias Jaguapiru e Bororó

Por Antonio Bispo | 26/11/2024 06:25
Trecho fechado pelos indígenas na manhã dessa segunda-feira (Foto: Divulgação/PMR)
Trecho fechado pelos indígenas na manhã dessa segunda-feira (Foto: Divulgação/PMR)

O bloqueio da MS-156 entre as cidades de Dourados e Itaporã, assim como no anel viário de Dourados, completa 24 horas nesta terça-feira (26). O protesto é organizado por indígenas das Aldeias Jaguapiru e Bororó, que cobram das autoridades o retorno da água nessas comunidades.

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O bloqueio da MS-156 entre Dourados e Itaporã, promovido por indígenas das Aldeias Jaguapiru e Bororó, já dura 24 horas, com os manifestantes exigindo o retorno da água nas comunidades. O capitão da Aldeia Jaguapiru, Ramão Fernandes, afirmou que não houve avanços nas negociações com o governo, e os moradores exigem compromissos formais para o abastecimento de água. A ministra dos Povos Indígenas anunciou que as aldeias de Dourados serão atendidas na segunda fase do programa "Água para Todos", mas sem previsão de início. Além disso, o MST também bloqueou rodovias em protesto por terras e assistência, causando congestionamentos significativos na região.

Ainda na segunda-feira (25), o capitão da Aldeia Jaguapiru, Ramão Fernandes, disse que não houve avanço nas negociações com representantes do governo estadual e, por isso, todos os pontos continuariam fechados.

Segundo ele, para liberar as estradas, os moradores exigem que os governos federal e estadual e as prefeituras de Dourados e de Itaporã assinem documentos se comprometendo a fornecer água em caminhões-pipa e a perfuração de poços para garantir o abastecimento.

Na sexta-feira (22), ao cumprir agenda em Ponta Porã, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, informou que as aldeias de Dourados serão atendidas na segunda etapa do programa “Água para Todos”.

O programa terá R$ 60 milhões para levar água a oito aldeias indígenas nos municípios de Amambai, Caarapó, Japorã, Juti, Paranhos e Tacuru, mas não há previsão de quando será implantado em Dourados. “Agora é tudo ou nada. Se a gente não for para a briga, vamos passar Natal e Ano Novo sem água”, disse o capitão, cargo equivalente a prefeito da aldeia.

A PMR (Polícia Militar Rodoviária) foi procurada quanto à situação na rodovia, mas não retornou até a publicação desta matéria.

Outro protesto – Também na manhã de ontem (25), o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) também realizou bloqueio na BR-262, entre as cidades de Anastácio e Miranda, e MS-386, entre Antônio João e Ponta Porã.

Nesse movimento, cerca de 800 manifestantes reivindicavam terras, crédito e alimentação para famílias acampadas, além de respostas concretas do Incra-MS sobre novos assentamentos ainda em 2024.

O protesto durou 8h e as pistas foram liberadas por volta do meio-dia. O congestionamento na região ultrapassou os dois quilômetros.

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