Caminhoneiros e empresas de transporte protestam contra greve
Greve foi intensificada em todo o país e na fronteira com o Paraguai afeta a liberação de cargas de importação e exportação
Transportadores de cargas protestam na manhã de hoje (5) em Ponta Porã, a 323 km de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai, contra a greve nacional dos auditores fiscais da Receita Federal do Brasil.
A greve contra o governo federal pelo não cumprimento de um acordo sobre melhorias no salário da categoria foi intensificada nos últimos dias e nesta semana todo o trabalho de liberação de cargas no chamado canal vermelho está paralisado na aduana de Ponta Porã.
Um representante dos auditores da Receita na cidade disse ao Campo Grande News que pelo menos 160 caminhões estão parados na aduana, esperando liberação de cargas tanto de importação quanto de exportação.
Empresas de transporte e caminhoneiros se uniram em protesto contra a greve e lançaram a campanha “a fronteira não pode parar”. Faixas contra a paralisação foram espalhadas pela cidade e colocadas em caminhões.
“Meu filho não ganhou ovo de Páscoa devido à greve”, “Motoristas, transportadores e empresários pedem socorro” e “Mais de seis meses parado, vergonha” são algumas das frases escritas nas faixas.
Os transportadores afirmam que a greve causa um prejuízo diário de pelo menos R$ 5 milhões para o comércio da fronteira e cobram providências das autoridades políticas para resolver o impasse.
A greve dos auditores é pela regulamentação do bônus de eficiência e da progressão funcional, mas a categoria protesta também contra a redução no número de auditores nas aduanas.