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Interior

Cinco envolvidos no tráfico são autuados em flagrante, entre eles advogado

Organização usava caminhão velho para trazer droga do Paraguai e mudava de veículo para levar a SP

Por Helio de Freitas, de Dourados | 17/12/2024 12:10
Advogado preso em operação da PRF é conduzido à sede do SIG em Dourados (Foto: Leandro Holsbach)
Advogado preso em operação da PRF é conduzido à sede do SIG em Dourados (Foto: Leandro Holsbach)

Os cinco homens detidos ontem (16) no âmbito da Operação Rottweiler foram autuados em flagrante por tráfico de drogas. Deflagrada pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) com apoio do SIG (Setor de Investigações Gerais) da Polícia Civil em Dourados, a operação apreendeu duas toneladas de maconha e 62 quilos de skunk em um sítio no Assentamento Mutum, no município de Ribas do Rio Pardo.

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Na Operação Rottweiler, realizada pela Polícia Rodoviária Federal e pelo Setor de Investigações Gerais da Polícia Civil em Dourados, cinco homens foram presos por tráfico de drogas, incluindo um advogado e seu pai. A operação resultou na apreensão de duas toneladas de maconha e 62 quilos de skunk em um sítio em Ribas do Rio Pardo. A investigação revelou que a quadrilha utilizava caminhões para transportar drogas da fronteira com o Paraguai para São Paulo, e os acusados foram autuados em flagrante, enfrentando audiência de custódia para determinar sua permanência na prisão.

Estão presos o advogado Helder Stefanes de Azambuja, o pai dele Heitor de Azambuja Junior (pecuarista), o motorista de caminhão Edilson Souza Martins, o comerciante de compra e venda de gado Valcir Moraes Eugênio e Sérgio Antônio da Silva, funcionário de Heitor Junior.

Heitor e Valcir já possuem antecedentes criminais por tráfico de drogas e Sérgio por porte ilegal de uma pistola 9 milímetros. Valcir reside em Ponta Porã. Helder mora em Dourados. O pai dele, Heitor, tem residência em Dourados e Ponta Porã. Sérgio mora no sítio em Santa Rita do Pardo e o caminhoneiro Edilson reside em Mato Grosso.

Helder de Azambuja e Sérgio da Silva foram presos no assentamento, onde estava o caminhão Mercedes Benz 2213 azul lotado de drogas. O veículo foi localizado pelo helicóptero do Núcleo de Operações Aéreas da PRF e a apreensão feita por equipes terrestres.

Ainda no sítio, os policiais rodoviários federais encontraram uma caminhonete Ford F250 cabine dupla. Nos bancos traseiros foram encontradas várias malas.

Heitor de Azambuja Junior, apontado como chefe do esquema (Foto: Leandro Holsbach)
Heitor de Azambuja Junior, apontado como chefe do esquema (Foto: Leandro Holsbach)

Questionados, os dois presos revelaram que outras três pessoas também estavam envolvidas no esquema e que tinham ido a Campo Grande para trazer outro caminhão, um Mercedes Benz 1620 verde claro.

Os policiais permaneceram na propriedade até a chegada dos demais envolvidos, também presos em flagrante. A caminhonete Toyota Hilux de Heitor também foi apreendida.

Segundo a investigação policial, o caminhão azul, mais velho, era usado para trazer a droga da linha internacional com o Paraguai. A quadrilha utilizava principalmente estradas de terra para chegar ao sítio em Santa Rita do Pardo.

O local era estratégico para o esquema, pois fica a menos de 90 km do território paulista, para onde as cargas eram enviadas. Na propriedade rural, a droga era colocada no Mercedes Benz 1620, mais novo, e levada para São Paulo.

Nos últimos meses, pelo menos 15 pessoas ligadas ao esquema foram presas na região de Dourados. Com o desfalque causado pelas ações policiais, Heitor de Azambuja Junior e Valcir Eugênio – apontados como líderes do esquema – tiveram de “colocar a mão na massa” para articular o envio das cargas a São Paulo.

Os cinco acusados foram encaminhados para a sede do SIG em Dourados e autuados em flagrante. Eles vão passar por audiência de custódia e a Justiça vai decidir se todos vão continuar recolhidos.

O nome da operação foi adotado em referência ao fato de que a organização criminosa usava cães da raça Rottweiler para vigiar os locais onde os veículos eram guardados.

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