Ex-agente morto na fronteira era investigado por ligação com o PCC
O ex-agente da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) executado no fim da tarde de ontem na fronteira era investigado por ligações com o narcotráfico e a facção brasileira PCC. Carlos Gustavo Rodríguez, de 29 anos, morreu a tiros de fuzil e pistola, quando chegava a uma padaria de Pedro Juan Caballero, cidade vizinha a Ponta Porã.
Autoridades paraguaias e brasileira acreditam que a região voltou a ser terreno de guerra entre facções, na luta pelo domínio do narcotráfico.
Segundo o jornal paraguaio ABC Color, em 2018, Carlos foi preso com pistola, quatro carregadores e várias caixas de projéteis de diferentes calibres. Em seguida pediu afastamento da Secretaria.
Ontem, foi morto por pistoleiros em um Jeep Renegade. O Kia Sportage onde a vítima estava ficou crivado de balas. Os pistoleiros usaram rifles de calibre pesado.
A promotora Katia Uemura disse ao ABC Color que vai analisar os vídeos do circuito fechado para tentar identificar os autores.
Horas após a execução do paraguaio, um casal de brasileiros foi também executado aos mesmos moldes, a tiros de fuzil, mas do lado de Mato Grosso do Sul.
Wellington Bruno Alves, de 26 anos, e Daiane Dias Constanci, de 27, haviam saído do Cassino Amambai, no Paraguai e ao atravessarem a linha de fronteira receberam rajada de mais de 100 tiros. A polícia não divulgou se há relação entre os dois casos.
O jovem havia sido transferido de Campo Grande para Ponta Porã em novembro. Ele cumpria pena no semi-aberto. Wellington é o 5º homem executado por pistoleiros após deixar o semi-aberto nas últimas duas semanas em Mato Grosso do Sul.
O novo capítulo da guerra na fronteira começou em novembro com assassinado de quatro homens ligados ao “rei da fronteira” Fahd Jamil, o “Fuad”. Os corpos foram encontrados na manhã de hoje (26) enterrados em uma cova rasa a 20 km de Pedro Juan Caballero.