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Interior

Ex-secretário tem liberdade negada e contrata criminalista da Lama Asfáltica

Isaac Cardoso Bisneto foi preso na última terça-feira, na operação Velatus

Por Aline dos Santos | 19/08/2024 08:13
Policial do Gaeco na Delegacia de Terenos durante a operação Velatus. (Foto: Henrique Kawaminami)
Policial do Gaeco na Delegacia de Terenos durante a operação Velatus. (Foto: Henrique Kawaminami)

O TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) negou o pedido de liberdade para o ex-secretário de Obras e Infraestrutura de Terenos, Isaac Cardoso Bisneto. Ele foi preso na última terça-feira (dia 13), na operação Velatus, que investiga a “farra das empresas convidadas” e suspeita de corrupção em contratos.

Após, a negativa no habeas corpus, o engenheiro desistiu do pedido e comunicou a troca de advogado. Agora, a defesa está a cargo do criminalista Benedicto Arthur de Figueiredo Neto, que atuou na Lama Asfáltica, operação da PF (Polícia Federal).

Isaac comandou a pasta de Obras até 1º de agosto, portanto, saiu 12 dias antes da ofensiva do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e 1ª Promotoria de Justiça de Terenos.

O pedido de liberdade foi negado pelo desembargador Luiz Cláudio Bonassini da Silva. A decisão menciona a investigação do MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).

“Segundo o que se extrai do mesmo, o paciente Isaac Cardoso Bisneto, supostamente, teria atuado como o principal articulador dos desvios ocorridos em atos de frustração do caráter competitivo de licitações públicas, bem como em outros atos clandestinos no âmbito de contratos público”.

Ex-secretário de Obras e Infraestrutura de Terenos, Isaac Cardoso Bisneto. (Foto: Reprodução Linkedin)
Ex-secretário de Obras e Infraestrutura de Terenos, Isaac Cardoso Bisneto. (Foto: Reprodução Linkedin)

No pedido, a defesa alegou que os fatos investigados são de 2021 e 2022, portanto sem contemporaneidade, e que o alvo não é mais secretário de Obras.

"Se esse fato era verdadeiro quando da formulação da representação, datada de 12 de julho de 2024, assim como quando prolatada a decisão que deferiu a prisão preventiva, em 23 de julho de 2024, tem-se que fato superveniente esvaziou o receio de reiteração da conduta criminosa e eventual interferência do paciente no desaparecimento de provas, eis que antes de deflagrada a Operação Velatus, o paciente havia sido exonerado do cargo público, desde o dia 1º de agosto de 2024".

Transferências - De acordo com a investigação, Cleberson José Chavoni Silva, proprietário da Bonanza Comércio e Serviços Eireli, transferiu R$ 21 mil para Isaac Cardoso Neto (pai do então secretário). Outras duas transferências, no valor de R$ 1 mil cada, foram realizadas por Sandro Bortoloto e a sua empresa: Angico Construtora e Prestadora de Serviços Ltda.

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Isaac Cardoso Bisneto.

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