Ex-vereador que perdeu recurso no STJ também é réu em ação da Uragano
Sidlei Alves e outras 58 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por crimes de corrupção durante gestão de Ari Artuzi
Em vias de ir à prisão para cumprir a pena de seis anos e onze meses por peculato, falsidade ideológica e formação de quadrilha, o ex-vereador Sidlei Alves da Silva, que foi presidente da Câmara de Dourados, é processado em outro caso famoso na história política da cidade, a Operação Uragano.
Em setembro de 2010, a operação da Polícia Federal derrubou o comando de Dourados ao desvendar um poderoso esquema de desvio de recursos através de licitações fraudulentas envolvendo políticos e empresários sul-mato-grossenses.
Na época, a cidade era comandada por Ari Artuzi. Aliado de Sidlei, Artuzi também era réu no processo, mas ele morreu de câncer, em 2013, assim como seu tio, Julio Artuzi, que morreu em 2015.
Sidlei e outras 58 pessoas são réus por corrupção no processo da Uragano. A ação está em andamento na 1ª Vara Criminal de Dourados. No sistema de consulta do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul é possível perceber que o processo está concluso aguardando sentença desde agosto do ano passado.
Além de Sidlei Alves, estão entre os réus os ex-vereadores Humberto Teixeira Junior, Marcelo Barros, Gino José Ferreira, Dirceu Longhi, Edvaldo Moreira, José Carlos Cimatti, Paulo Henrique Bambu e Aurélio Bonato.
Entre os empresários implicados no caso estão nomes como Eduardo Takashi Uemura, Ademir de Souza Osiro, Adilson de Souza Osiro, Arnaldo de Souza Osiro, Marcelo Saccol e os empreiteiros Geraldo Alves de Assis e Edson Freitas da Silva.
Primeiros condenados – Em junho do ano passado, o juiz Rubens Witzel Filho, da 1ª Vara Criminal, assinou as primeiras sentenças dos réus da Operação Uragano. Sete pessoas foram condenadas por corrupção, mas absolvidas do crime de organização criminosa.
Foram condenados nessa primeira etapa os empresários Nerone Maiolino Júnior, Celso dal Lago Rodrigues, que também é suplente de senador, Edson Freitas da Silva, Eduardo Takachi Uemura e Marcelo Marques Caldeira, o advogado Áureo Garcia Ribeiro Filho e o ex-assessor parlamentar Rodrigo Ribas Terra.
As penas variam de três a oito anos de prisão. A maior pena foi para Rodrigo Ribas Terra, que na época da Operação Uragano era assessor parlamentar do então vereador Humberto Teixeira Junior. Ele pegou oito anos e 20 dias de reclusão e sanção pecuniária de 63 dias-multa por nove atos de corrupção.