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Interior

Funcionários da indústria de celulose fazem paralisação por reajuste salarial

Caroline Maldonado | 15/09/2014 09:29
Sindicalistas se reúnem com funcionário em frente a Fibria (Foto: Rádio Caçula)
Sindicalistas se reúnem com funcionário em frente a Fibria (Foto: Rádio Caçula)

Para reivindicar aumento salarial, trabalhadores das empresas de papel e celulose Fibria e International Paper estão reunidos com representantes do sindicato da categoria em frente as unidades nesta manhã, em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande. Os sindicalistas conversam com os funcionários durante a troca de turno, segundo o Sititrel (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose) e esperam que os dirigentes da empresa retomem as negociações, que começaram em julho deste ano.

De acordo com o presidente do Sititrel, Almir Morgão, a categoria quer aumento reajuste de 8,33% sobre o salário dos funcionários das fábricas de papel e de celulose da Fibria, da International Papaer e da Eldorado, empresas que têm unidades em Três Lagoas. Esse percentual significaria ganho real de 2% para a categoria, segundo o Sititrel.

Segundo o presidente da entidade, as empresas não aceitaram a proposta inicial da categoria que era de 10% de aumento salarial e apresentou contraproposta de 7% de reajuste. Esse percentual, afirma o sindicalista, significaria um aumento real de apenas 0,63%, por isso o sindicato quer continuar a negociação. “Em julho, nós pedimos 4% de almento real, mais o reajuste de acordo com a alta do Inpc (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do período, o que seria aumento de 6% e somando daria aumento real de 10%”, explicou Morgão.

O Sititrel espera com o ato de hoje sensibilizar os empresários a conceder, pelo menos, o reajuste de 8,33%. “A gente espera que os empresários chamem a gente para conversar, vamos aguardar isso. Hoje estamos aqui apenas para conversar com os trabalhadores e ver conseguimos um acordo mais justo, porque o que as empresas ofereceram está muito abaixo do que a gente reivindicou”, disse.

O presidente do Sititrel disse que a greve é algo que ocorreria em última instância, caso não seja feito um acordo entre as empresas e o sindicato. Segundo Morgão, o piso salarial dos funcionários da fábrica de celulose é de R$ 1.100, enquanto dos empregados da fábrica de papel tem piso de R$ 932.

Por meio da assessoria de imprensa, a Fibria informou que os sindicalistas se reúnem em frente a empresa de forma pacífica, conversando com os funcionários que chegaram para o turno que tem início as 8h. A empresa emitirá nota à imprensa, em breve, segundo a assessoria.

O Campo Grande News tentou contato, por telefone, com a International Paper, mas a atendente informou que não poderia passar o número da assessoria de imprensa e prometeu contato, mas até o fechamento dessa matéria não houve retorno. A Eldorado também entrará em contato, em breve, por meio da assessoria de imprensa.

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