Índios invadem chácara para roubar, ameaçam casal e dois são presos
Invasão ocorreu na madrugada desta segunda-feira em uma chácara ao lado da reserva indígena; seis índios conseguiram fugir
Um grupo de índios invadiu uma chácara na madrugada desta segunda-feira (1º) em Dourados, a 233 km de Campo Grande. A propriedade, onde funciona um depósito de recicláveis, fica na margem da Avenida Guaicurus, ao lado da aldeia Bororó.
Acionada pelos proprietários, a Polícia Militar foi ao local e conseguiu prender dois dos oito índios que entraram na chácara e agrediram o caseiro de 65 anos e a mulher dele, de 62. Jhones Vargas, 21, e Cleber Gonçalvez Ricarte, 27, também são acusados de assalto e de ameaças contra o casal. Os dois estão sendo autuados na 1ª Delegacia de Polícia Civil.
As vítimas relataram que foram acordadas pelo barulho provocado pelos invasores e pelo latido dos cachorros. Em seguida o grupo começou a soltar fogos de artifício nas paredes da casa.
Após arrombarem a porta, os invasores amarraram o casal, que sofreu ameaça e agressões. Os índios estavam armados com facão, faca e foice, segundo o caseiro e a mulher.
O grupo revirou a casa e quebrou vários móveis. Os dois presos ficaram no local vigiando os moradores enquanto os demais fugiram levando televisão, três celulares, botijão de gás, cilindro de fazer pão e um VW Polo com placa de Dourados.
De acordo com a rádio 94 FM, quando os policiais chegaram ao local perceberam um grupo correndo para uma mata próxima à chácara. Os dois índios foram presos na casa.
Segundo informações da polícia, uma pessoa ligou na delegacia horas depois e propôs trocar o carro roubado pelos índios presos. Entretanto, os dois foram autuados em flagrante por roubo qualificado e ameaça de morte. A polícia procura os outros invasores.
Invasões – Proprietários de chácaras ao redor da reserva indígena de Dourados reclamam de constantes roubos e furtos nessas propriedades.
Cinco sítios na margem do anel viário estão invadidos por índios desde março de 2016. Recentemente o STF (Supremo Tribunal Federal) suspendeu as ordens de reintegração de posse até o julgamento final das ações.
A Funai alega que as chácaras fazem parte de uma área da reserva que teria sido tomada dos índios ao longo dos anos. Os proprietários rebatem e afirmam terem escritura dos sítios.