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Iphan decide amanhã se banho de São João será patrimônio cultural do Brasil

Tradicional festa junina realizada nas margens do Rio Paraguai pode receber título importante

Gabriela Couto | 18/05/2021 13:38

A tradicional festa junina de Corumbá, o banho de São João, pode se tornar patrimônio cultural do Brasil nesta quarta-feira (19). Os documentos que garantem o título serão analisados a partir das 14h (horário de Brasília) pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

 Presidido pela presidente do Iphan, Larissa Peixoto, conforme Regimento Interno do órgão, o Conselho Consultivo é composto por representantes de instituições públicas e privadas, bem como por representantes da sociedade civil.

Cabe ao Conselho examinar, apreciar e decidir sobre questões relacionadas a tombamentos e registros de bens culturais de natureza imaterial. Ao Conselho também compete opinar sobre saídas temporárias do País de bens protegidos e outras questões propostas pela presidente.

A população poderá acompanhar a reunião que será realizada por videoconferência.

O banho - A festa realizada sempre no dia 23 de junho não é celebrada desde 2019 por conta da pandemia. Neste ano a Fundação de Cultura decidiu comemorar o banho de São João com imagens e registros de fiéis que participam da festa e levam suas imagens para tomar banho no Rio Paraguai.

Banhar o santo nas águas do Rio Paraguai remete ao batismo de Jesus feito por João Batista nas águas do Rio Jordão. Existem promessas que duram a vida toda, outras alguns anos, mas o que realmente importa é cultivar a tradição, alimentar a fé e não deixar o momento passar em branco.

Os festeiros descem a Ladeira Cunha e Cruz que dá acesso ao rio. A celebração começa no caminho, muitos aproveitam a descida para passar por baixo dos andores - segundo a tradição, que, fizer isso 7 vezes se casará no próximo ano- e acaba com a lavagem do santo nas águas do rio. Não se sabe ao certo há quanto tempo existe esse ritual, mas os festeiros mais antigos contam que já praticam a cerimônia há mais de 50 anos.


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