Justiça marca para dezembro audiência de quadrilha acusada de sequestro
Luiz Carlos Gregol, 39, o Tatá, e outros três homens foram presos em Dourados acusados de sequestrar homem para obter informações sobre duplo homicídio; um dos acusados continua na cadeia
A Justiça marcou para o dia 5 de dezembro deste ano a audiência de instrução e julgamento da ação por sequestro, cárcere privado e formação de quadrilha que tem como réus Luiz Carlos Gregol, 39, o Tatá, Alex dos Santos Botelho, 23, Roberto Antunes de Lara, 24, e Gilson Alves Maccari, 23.
Figura conhecida na cidade de Paranhos, na fronteira com o Paraguai, Tatá Gregol e os outros três homens foram presos no dia 30 de julho deste ano em Dourados, acusados de sequestrar Adriano de Oliveira, 25. O grupo queria informações sobre os autores de um duplo homicídio ocorrido anteriormente em um lava-rápido da cidade, tendo como vítimas o irmão e o filho de Tatá.
Gregol ficou menos de 48 horas na cadeia. Por ser réu primário, possuir endereço certo e ocupação lícita, ele pagou fiança de três salários mínimos e ganhou liberdade. Uma semana depois, Alex Botelho e Gilson Maccari também saíram da cadeia. Em regime semiaberto quando foi preso em Dourados e com antecedentes por tráfico de drogas, estelionato, ameaça e motim enquanto esteve na cadeia, Roberto Antunes de Lara continua na penitenciária de Dourados.
A denúncia do Ministério Público contra o grupo foi aceita no dia 21 de agosto pelo juiz da 2ª Vara Criminal de Dourados, Marcus Vinícius de Oliveira Elias, tornando os quatro envolvidos réus por sequestro, cárcere privado e formação de quadrilha. O magistrado determinou também a quebra de sigilo dos telefones apreendidos com o grupo no dia da prisão, para acesso às ligações, troca de mensagens e até conversas de Whatsapp.
Sequestro – A quadrilha de Tatá Gregol foi presa pela Polícia Militar após sequestrar e manter Adriano de Oliveira em cárcere privado, para saber quem eram os autores do assassinato de Gabriel Zanotim Gregol, 18, e Carlos Domingos Gregol, 38, executados por pistoleiros em uma lava-rápido da Rua Coronel Ponciano, no dia 8 de julho. Gabriel era filho e Tatá e Carlos, irmão. Ele também seria alvo do atentado, mas escapou ileso.
Vizinhos viram quando homens armados chegaram à casa de Adriano, no Jardim Universitário, e o colocaram numa Toyota Hilux preta. A Polícia Militar foi acionada e nas proximidades da casa, no cruzamento das ruas Passo Fundo e Cider Cerzosimo de Souza, os policiais abordaram a caminhonete.
Adriano estava no veículo e contou aos PMs que os acusados foram até sua residência encapuzados e o obrigaram a entrar na caminhonete, questionando sobre a morte de Gabriel e Carlos Gregol.
Em vistoria na caminhonete os policiais encontraram duas toucas ninja, uma corda, fita adesiva, um rádio comunicador, celulares, três pistolas e carregadores com munição. Dentro da caminhonete foi encontrado um controle remoto com a anotação de um endereço.
Os policiais foram até a casa, na Rua Oliveira Marques, no residencial Monte Cristo, onde Luiz Carlos Gregol foi preso após os policiais encontrarem uma pistola calibre 380 com dois carreadores municiados e diversas anotações. Na delegacia, os acusados se mantiveram em silêncio.