MEC visita escolas indígenas da reserva mais populosa de MS
Zara Figueiredo e a coordenadora-geral de Educação Escolar Indígena cumprem agenda hoje em Dourados
Equipe do MEC (Ministério da Educação) visita nesta segunda-feira (18) as escolas indígenas de Dourados, a 251 km de Campo Grande. A agenda de trabalho foi solicitada pelo deputado federal Geraldo Resende (PSDB), que acompanha as visitas nas aldeias Bororó e Jaguapiru. As duas formam a Reserva de Dourados, a mais populosa de Mato Grosso do Sul, com pelo menos 20 mil habitantes.
A comitiva é chefiada pela secretária de Educação, Diversidade e Inclusão do MEC, Zara Figueiredo. Além dela, está em Dourados a coordenadora-geral de Educação Escolar Indígena da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do MEC Rosilene Cataá Tuxá, indígena do povo Tuxá.
Também estão presentes a secretária-adjunta da Secretaria Estadual de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania Viviane Luiza; o secretário estadual de Educação Hélio Queiroz Daher; o subsecretário de Políticas Públicas para Povos Originários Fernando Souza e a vice-reitora da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) Celi Corrêa Neves.
“Estamos aqui para cumprir o dever do Estado brasileiro, de cuidar da educação básica, com ênfase para aqueles que mais precisam, como é o caso da educação básica indígena. É compromisso desse governo com essa pauta”, afirmou Zara.
Segundo ela, o MEC faz tratativas com o Ministério dos Povos Indígenas e com as reitorias da UFGD e da Uems para melhorar a oferta de cursos voltados para a população indígena no âmbito do ensino superior e projetos para a educação básica. “Estamos trabalhando na proposta de curso para indígenas apenados, de curso da pedagogia intercultural indígena. Na educação básica, temos a intenção de expandir a “Ação Saberes Indígenas na Escola. Essa região é estratégica para o MEC”, disse Zara Figueiredo.
Vila Olímpica – Em entrevista coletiva assim que chegou a Dourados, a secretária nacional disse ter conhecimento da existência de uma vila olímpica indígena dentro da reserva, mas que não funciona.
“Tivemos conhecimento disso e penso ser possível articulação com o Ministério dos Esportes para ver o que pode ser feito. De todo modo, é apenas uma elocubração minha neste momento. Não é competência direta nossa, mas isso pode ser pensado e articulado pelo MEC”, afirmou.
O deputado Geraldo Resende informou que já existem projetos conquistados recentemente para as aldeias de Dourados, entre os quais a construção de uma escola com 13 salas de aula na Bororó com investimento de R$ 7,7 milhões.
Segundo ele, a visita de hoje vai permitir identificar outras demandas, que serão levadas ao ministro da Educação, Camilo Santana. “Precisamos entender que houve negligência, houve omissão muito grande no passado com a população indígena. Estamos trabalhando para mudar essa realidade e dar saúde e educação de qualidade à população indígena”, declarou o deputado.
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