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Interior

MP denuncia 11 comerciantes do cartel que controlava preço do gás

Além dos oito empresários que foram presos no dia 27 de março, promotor denunciou outros três distribuidores de gás de Dourados

Helio de Freitas, de Dourados | 06/04/2018 15:31
Viatura da Polícia Militar em distribuidora de gás no dia 27, quando oito comerciantes foram presos (Foto: Adilson Domingos)
Viatura da Polícia Militar em distribuidora de gás no dia 27, quando oito comerciantes foram presos (Foto: Adilson Domingos)

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul apresentou denúncia hoje (6) contra 11 comerciantes de Dourados e Nova Andradina, acusados de integrar o cartel montado na região para controlar o preço e os pontos de revenda do gás de cozinha. Oito empresários tinham sido presos no dia 27 de março durante a Operação "Laisse Faire", feita com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e da Polícia Militar.

Foram denunciados os empresários Márcio Sadão Kushida, Edvaldo Romera de Souza, Cesar Meirelles Paiva, Rubens Pretti Filho, Mauro Victol, Gregório Artidor Linné, Josemar Evangelista Machado e Rogério dos Santos Almeida, presos na operação do Gaeco.

Os outros três denunciados são Daiane Lazzaretti Souza, Diovana Rosseti Pereira e Hamilton de Carvalho Rocha, que também faziam parte do esquema e aparecem em conversas gravadas durante as investigações combinando o preço do gás de cozinha.

A denúncia foi distribuída às 13h25 desta sexta-feira à 1ª Vara Criminal da Justiça Estadual em Dourados, mas o conteúdo não está disponível no site do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O caso está em segredo de justiça. No próximo passo, o Judiciário vai decidir se aceita ou não a denúncia. Se aceitar, todos se tornam réus.

Dos oito comerciantes presos há dez dias, dois já conseguiram a liberdade. No início da desta semana o juiz da 1ª Vara Criminal de Dourados Luiz Alberto de Moura Filho revogou a prisão de Gregório Artidor Linné e Edvaldo Romera de Souza. Cada um pagou dez salários mínimos de fiança e foram afastados do comando de suas empresas por no mínimo 60 dias.

O magistrado negou liberdade para Rubens Pretti Filho e Mauro Victol, apontados como os mais atuantes na organização criminosa e que também foram autuados por porte ilegal de arma. “Rubens é uma das pessoas mais importantes, influentes, emocionalmente instáveis e perigosas na combinação de preços de GLP”, afirmou o promotor Etéocles Brito Mendonça Dias Júnior ao se manifestar contra a liberdade do acusado.

Cumprindo pena em regime aberto por matar outro vendedor de gás em 2016, Mauro Victol é outro apontado como de grande influência no cartel do gás, segundo as investigações. Ele atuava em Dourados, Aquidauana e Corumbá, conforme os autos. Além de crime contra a ordem econômica, os empresários são acusados de organização criminosa.

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