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Interior

No interior, 1,5 mil detentos batem nas grades para apoiar presos da Máxima

Caroline Maldonado | 14/04/2016 08:42

Após os atentados a ônibus que foram incendiados e apedrejados em Campo Grande, nesta madrugada, cerca de 1,5 mil detentos de penitenciárias do interior do Estado se manifestaram. Os ataques ocorreram depois que presos da Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande passaram por um uma revista minuciosa, que gerou revolta.

Com isso, detentos das penitenciárias masculinas de Dourados, Corumbá e Dois Irmãos do Buriti demonstraram estar cientes da movimentação e fizeram manifestação batendo nas grades. Há cerca de 500 homens em cada um desses estabelecimentos.

Segundo a direção da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) não houve princípio de motim nos três presídios ou qualquer ação de maior proporção. Conforme o diretor da Agepen, Ailton Stropa Garcia, os presos apenas bateram nas grades. Ele não deu mais detalhes sobre a movimentação, já que o órgão fará coletiva com a imprensa ainda hoje sobre o assunto.

Revolta - Entre os que se rebelaram no presídio de Campo Garnde, estão membros do PCC (Primeiro Comando da Capital), que foram ouvidos pela Polícia Civil e retornaram à penitenciária. A operação pente-fino começou ontem (13) às 16h e durou 6 horas, com cerca de 80 agentes penitenciários recém formados no curso de intervenção rápida em presídios.

Os presos recusaram a revista e iniciaram um motim, que foi controlado. Durante a noite, familiares dos detentos informaram que era possível ouvir gritos e vários estouros de bombas, do portão do presídio.

Na madrugada, dois ônibus foram incendiados e um apedrejado. O primeiro caso ocorreu na Rua Expedicionário Alcindo Jardim Chagas, no Jardim Aero Rancho. Lá, um coletivo foi totalmente destruído pelo fogo. Por volta de 1h, um ônibus de uma igreja também foi incendiado na Rua Hafan Felício, no Jardim Campo Nobre, região Sul. O veículo pertence a igreja da Paz Filadélfia e estava estacionado na rua. Outro ônibus foi apedrejado, no Bairro São Conrado.

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