Paraguai diz que Pavão pode ser extraditado para o Brasil ainda este mês
A Justiça do Paraguai enviou ofício à Interpol informando que não há impedimento legal para que o narcotraficante Jarvis Gimenes Pavão seja extraditado para o Brasil a partir do dia 28 de dezembro, já que ele completa a sentença dele em território paraguaio no próximo dia 27 e, então, estará solto.
O ofício foi encaminhado nesta segunda-feira (4) e está assinado pela juíza criminal María Gricelda Caballero em resposta ao segundo pedido de extradição ao Brasil feito pela Interpol, no mês de novembro.
A magistrada diz no documento ainda que em maio de 2017 a Justiça brasileira já tinha solicitado a extradição de Jarvis, que é acusado de tráfico de cocaína e associação criminosa.
No Paraguai, Jarvis chegou a formar um quarto luxuoso em sua cela no presídio onde está. O narcotraficante cumpre pena de oito anos por lavagem de dinheiro, enquanto que no Brasil, a pena dele está estimada em 17 anos e 10 meses.
Pavão, que tem 49 anos, também tentou impedir a extradição com medidas judiciais. Porém, ele perdeu os recursos apresentados perante primeira e segunda instâncias da Justiça paraguaia.
Para tentar anular a decisão, a defesa de Pavão alegou que não teve acesso aos documentos enviados pelo Brasil para embasar o pedido de extradição, entre os quais conversas telefônicas interceptadas pela polícia brasileira, comprovando que o narcotraficante continua enviando droga ao Brasil, mesmo preso no Paraguai.
Natural de Ponta Porã, onde tem familiares, o brasileiro é apontado como um dos maiores fornecedores de cocaína da América do Sul e forte aliado do PCC (Primeiro Comando da Capital).