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Interior

Plano de resgate é circo armado pelo governo, diz advogada de Pavão

Helio de Freitas, de Dourados | 06/12/2017 13:54
O sul-mato-grossense Jarvis Pavão com a advogada paraguaia Laura Casuso (Foto: ABC Color)
O sul-mato-grossense Jarvis Pavão com a advogada paraguaia Laura Casuso (Foto: ABC Color)

Advogada paraguaia Laura Casuso, principal defensora do narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenes Pavão, disse que o suposto plano de resgate de seu cliente, noticiado há meses pela imprensa do país vizinho, é um circo armado pelo governo de Horácio Cartes.

Desde a noite de segunda-feira (4), policiais do grupo de elite da Polícia Nacional aumentaram a segurança na sede da Agrupación Especializada em Assunção, onde Pavão está preso desde julho do ano passado.

Segundo o governo paraguaio, haveria um suposto plano de resgate para tirá-lo da prisão antes da extradição para o Brasil, marcada para o dia 28 deste mês – um dia após Pavão concluir sua sentença da Justiça paraguaia de oito anos por lavagem de dinheiro.

Em entrevista à rádio ABC Cardinal, Laura Casuso disse que o governo paraguaio tem raiva de seu cliente, porque Pavão teria dados comprometedores contra ocupantes de altos escalões do executivo. “Se ele quisesse fugir já teria fugido há muito tempo”, disse ela.

Segundo ela, Jarvis Pavão tem provas de quem são os “verdadeiros capos” da fronteira. “Todas as coisas vão se esclarecer e ficará claro que o senhor Pavão não é o demônio querem demonstrar”.

Laura Casuso disse ainda que Jarvis Pavão é o único que ainda “impõe um certo respeito” na fronteira de Pedro Juan Caballero com Mato Grosso do Sul, após o enfraquecimento de Fahd Jamil e a morte de Jorge Rafaat Toumani.

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