Jarvis Pavão perde mais um recurso e extradição está mantida para dezembro
O narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, 49, preso há quase oito anos no Paraguai, perdeu mais um recurso e deve ser extraditado para o Brasil ainda em 2017. Em mais uma tentativa para evitar a extradição, a defesa apelou à segunda instância da Câmara de Apelação, mas os magistrados paraguaios mantiveram a decisão da juíza penal de Garantias Lici Sánchez.
No dia 6 de setembro deste ano, Lici Sánchez acatou pedido da Justiça do Rio Grande do Sul e determinou a extradição de Pavão, para ele cumprir a pena de 17 anos por tráfico internacional de drogas, determinada pela comarca de Caxias do Sul. Entretanto, a juíza paraguaia decidiu que a medida só será cumprida após o brasileiro completar sua pena de oito anos naquele país, por lavagem de dinheiro.
Para tentar anular a decisão, a defesa de Pavão alegou que não teve acesso aos documentos enviados pelo Brasil para embasar o pedido de extradição, entre os quais conversas telefônicas interceptadas pela polícia brasileira, comprovando que o narcotraficante continua enviando droga ao Brasil, mesmo preso no Paraguai. entretanto, os desembargadores rejeitaram os argumentos.
Laura Casuso, advogada de Pavão, disse que a juíza Lici Sánchez tou a a decisão sem dar ampla chance de defesa ao condenado. “Uma absoluta causa de nulidade”, disse ela.
Natural de Ponta Porã, onde tem familiares, o brasileiro é apontado como um dos maiores fornecedores de cocaína da América do Sul e forte aliado do PCC (Primeiro Comando da Capital). Dos três pedidos de extradição feitos pela Justiça do Brasil, dois já foram aceitos por juízes paraguaios.