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Interior

Polícia caça celular em cela de membros do PCC, mas Pavão escapa de buscas

Buscas foram feitas hoje em sete celas do quartel de um grupo de elite da Polícia Nacional em Assunção, onde Pavão está preso

Helio de Freitas, de Dourados | 28/09/2017 08:34
Policiais deixaram quartel da Agrupación Especializada, após buscas em celas de membros do PCC (Foto: ABC Color)
Policiais deixaram quartel da Agrupación Especializada, após buscas em celas de membros do PCC (Foto: ABC Color)

Policiais paraguaios fizeram buscas nesta quinta-feira (28) em celas ocupadas por membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) na sede da Agrupación Especializada, um grupo de elite da Polícia Nacional do Paraguai. O pente-fino para apreender celulares não incluiu a cela do narcotraficante brasileiro Jarvis Gimenes Pavão, que há 14 meses cumpre pena no local.

O promotor de justiça paraguaio Hugo Volpe, que lidera a guerra contra o narcotráfico no Paraguai, confirmou em entrevista à rádio ABC Cardinal que as buscas não incluíram a cela de Pavão. Segundo ele, apenas as celas ocupadas por outros sete presos, alguns deles membros do PCC, foram vasculhadas. Telefones celulares foram apreendidos e serão submetidos à perícia.

Hugo Volpe informou que a inteligência da polícia descobriu que esses internos estavam usando celulares, o que não ocorre com Jarvis Pavão, segundo ele. O brasileiro está há dois meses de cumprir a pena de oito anos por lavagem de dinheiro e deve ser extraditado para o Brasil.

Segundo o promotor, as buscas foram feitas nas celas de Sergio Ramírez, Rodrigo Martínez Zapata, Thiago Giménez, Valdecir Gonçalves, Reinaldo Araújo, Arnaldo Martínez e Héctor Argüello.

De manhã, quando a operação começou, a advogada Laura Casuso, que defende o narcotraficante brasileiro, disse a jornalistas paraguaios que as buscas seriam feitas na cela de seu cliente. Ela foi até a Agrupación para tentar impedir o pente-fino, mas quando chegou descobriu que a cela de Pavão não estava na lista.

No dia 30 de agosto deste ano, a Polícia Federal brasileira desencadeou a Operação Coroa, para prender traficantes de Mato Grosso do Sul e do Paraná que negociaram carregamentos de cocaína com Pavão quando ele estava preso no presídio de Tacumbú.

O brasileiro ficou sete anos preso em Tacumbú, de onde foi transferido em julho do ano passado por ordem direta do presidente Horácio Cartes, após o governo descobrir que ele vivia com luxo e mordomia dentro da cadeia.

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