Paraguai dá mais um passo para extradição de Jarvis Pavão ao Brasil
Outro pedido de extradição, feito por juíza gaúcha, foi aceito hoje
A Justiça do Paraguai aprovou hoje (12) mais um pedido de extradição do narcotraficante Jarvis Gimenes Pavão, 49, que está preso há sete anos no país vizinho. É o terceiro pedido de extradição feito pela Justiça brasileira aprovado neste ano pelas autoridades paraguaias.
Na manhã desta terça, a juíza Lici Teresita Sánchez acatou o pedido feito em maio pela juíza Karina da Silva Cordeiro, da 7ª Vara Federal de Porto Alegre (RS). No despacho, a magistrada paraguaia afirma que a colega brasileira apresentou provas de que Pavão continua, mesmo preso naquele país, comandando a remessa de drogas para o Brasil.
Conforme os documentos elaborados com base em investigações da Polícia Federal brasileira, incluindo interceptações de conversas telefônicas, no período de seis anos em que esteve no presídio de Tacumbú, Pavão mantinha encontros com seus comparsas para negociar o envio de cocaína vinda da Bolívia, principalmente para o Rio Grande do Sul.
No dia 30 de agosto, a Polícia Federal desencadeou em Ponta Porã (MS) e Caxias do Sul (RS), a Operação Coroa, para prender justamente os traficantes que recebiam a droga enviada por Pavão para distribuir na região Sul. Atualmente o brasileiro está preso no quartel de um grupo de elite da Polícia Nacional, também em Assunção.
No final de maio, a juíza paraguaia Gricelda Caballero já determinado a extradição do narcotraficante brasileiro, a pedido do juiz Rafael Farinatti Aymone, de Caxias do Sul (RS). Entretanto, ele só deve ser entregue às autoridades brasileiras em dezembro deste ano, quando cumpre a sentença de oito anos por lavagem de dinheiro e organização criminosa, sua única condenação no Paraguai.
Jarvis Pavão é apontado como um dos maiores criminosos em atuação no Paraguai. No ano passado foi acusado de se associar ao PCC (Primeiro Comando da Capital) para eliminar o ex-sócio Jorge Rafaat Toumani e assumir o controle do tráfico de drogas e armas na fronteira. Entretanto, até agora, 15 meses após a morte de Rafaat, não surgiu nenhuma prova incriminando Pavão.