Após plano de fuga, Paraguai troca responsável pela custódia de Pavão
Sul-mato-grossense cumpre pena no quartel de um grupo de elite em Assunção e deve ser extraditado ao Brasil em dezembro
O suposto plano para resgatar o narcotraficante sul-mato-grossense Jarvis Gimenez Pavão, 49, provocou mudança na chefia de custódia do grupo tático especializado da Polícia Nacional do Paraguai. Apontado como um dos maiores traficantes da América do Sul, Pavão cumpre pena de oito anos de prisão no quartel do grupo de elite em Assunção, capital paraguaia.
Há um mês, o serviço de inteligência da polícia paraguaia descobriu que o plano incluiria um ataque por terra ao quartel onde Pavão está preso desde 2016 e o uso de um helicóptero para resgatá-lo.
O inspetor de apoio tático, o comissário Darío Aguayo, ficou menos de um mês como responsável pela custódia de Pavão. O substituto dele ainda não foi anunciado.
Além do afastamento de Aguayo, a Polícia Nacional adotou uma nova lei orgânica, em vigor desde sexta-feira (25), aumentando de 19 para 43 o número de comissários gerais responsáveis pela parte operacional do grupo especializado.
Extradição - O objetivo da fuga seria evitar a extradição dele para o Brasil, já determinada pela Justiça paraguaia e que deve ocorrer em dezembro deste ano, quando Pavão terá cumprido a pena por lavagem de dinheiro e organização criminosa, sua única condenação naquele país.
Neste ano, Pavão foi condenado a 17 anos de reclusão por tráfico, por um juiz federal de Caxias do Sul (RS). Ele enfrenta outros processos no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde é acusado de ser o principal fornecedor de cocaína para a região sul do país.