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Interior

Polícia Civil aguarda ainda para esta semana laudos do caso Rocaro

Nadyenka Castro | 21/03/2012 16:47

De acordo com o delegado Odorico de Ribeiro de Mendonça Mesquita, foi pedido mais prazo para conclusão do inquérito

A Polícia Civil espera receber até o fim desta semana os laudos sobre perícias realizadas durante investigações do assassinato do jornalista Paulo Rocaro, ocorrido em fevereiro deste ano, em Ponta Porã, a 323 quilômetros de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai.

De acordo com o delegado Odorico de Ribeiro de Mendonça Mesquita, a expectativa é que chegue até sexta-feira também informações sobre a quebra do sigilo telefônico do jornalista.

Entre as perícias que foram realizadas estão na pistola 9 milímetros apreendida com o paraguaio Jacinto Ramon Cristaldo, conhecido na fronteira como pistoleiro e que já está preso. O exame de microscopia balística na arma é para saber se os tiros que mataram Rocaro saíram da pistola apreendida com Jacinto.

Há ainda laudos sobre análises das imagens registradas por câmeras de segurança próximas ao local do crime, de documentos que estavam no pen drive e computadores usados por Rocaro.

A reportagem do Campo Grande News apurou que uma pessoa já foi indiciada pelo crime. A informação não é confirmada pelo delegado.

O inquérito sobre a morte do jornalista está com a Justiça. Ele pediu mais prazo para concluir as investigações.

A investigação já descartou que o assassinato de Rocaro tenha sido passional ou por dívidas, reforçando a tese de que a morte está relacionada ao trabalho da vítima como jornalista.

Paulo Rocaro foi baleado na noite de 12 de fevereiro por uma dupla de motocicleta. Ele conduzia um Fiat Idea e sofreu a emboscada na avenida Brasil. O jornalista retornava da casa do ex-prefeito de Ponta Porã, Vagner Piantoni (PT), de quem era amigo. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu na madrugada do dia seguinte.

Ex-policial, o jornalista era editor-chefe do Jornal da Praça e diretor do site Mercosul News. Em 2002, publicou o livro “A Tempestade – Quando o crime assume a lei para manter a ordem”. A obra fala de pistolagem e da conivência policial num território dominado pelo tráfico.

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