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Interior

Produtores de maconha são suspeitos de duplo sequestro na fronteira

Segundo promotora de Justiça, dinheiro do resgate deve ser usado para custear plantio da droga

Helio de Freitas, de Dourados | 20/03/2023 15:41
Fronteira entre Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero, no Paraguai (Foto: Helio de Freitas)
Fronteira entre Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero, no Paraguai (Foto: Helio de Freitas)

A promotora de Justiça do Paraguai Reinalda Palacio disse nesta segunda-feira (20) que produtores de maconha da fronteira são os principais suspeitos do sequestro-relâmpago de dois homens na tarde de sábado (18) na linha internacional.

O engenheiro agrônomo Fernando Winkler e Arnaldo González foram levados por grupo de 8 a 10 pessoas quando estavam em uma fazenda na Colônia Maffuci, a menos de 8 km do centro de Pedro Juan Caballero, cidade separada por uma rua de Ponta Porã. Arnaldo é genro do proprietário da área.

Fernando foi liberado em seguida para que informasse ao fazendeiro sobre o sequestro. Os bandidos pediram 300 mil dólares, mas aceitaram reduzir o valor para 30 mil dólares – em torno de R$ 158 mil. Ainda na noite de sábado, o resgate foi pago e Arnaldo liberado.

Segundo a promotora, pratica sequestros-relâmpago para levantar altas somas em dinheiro vivo e poder investir no cultivo de maconha em áreas de mata na linha internacional. Reinalda Palacios afirmou que os bandidos seriam remanescentes da organização que praticou outro sequestro na mesma região, em dezembro passado.

Brasileiro – No dia 1º de dezembro, o fazendeiro sul-mato-grossense Irineu Bello, 74, o filho dele Diulio Orestes Bello, 25, e o capataz de nacionalidade paraguaia Potasio Barrios Portillo, 47, foram sequestrados e soltos após a família pagar 40 mil dólares aos sequestradores.

Residente em Ponta Porã (a 313 km de Campo Grande), Irineu Bello, o filho e o funcionário foram levados por homens armados da fazenda “4 Irmãos”, na Colônia Mafucci. Para amedrontar a família, os bandidos gravaram vídeo mostrando os três homens com as mãos amarradas e os olhos vendados, sob a mira de armas.

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