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Interior

Sindicalistas da indústria de celulose farão nova manifestação amanhã

Caroline Maldonado | 15/09/2014 13:25
Sindicato reuniu trabalhadores em frente empresas de celulose hoje (Foto: Divulgação/Sititrel)
Sindicato reuniu trabalhadores em frente empresas de celulose hoje (Foto: Divulgação/Sititrel)

Após manifestação que reuniu funcionários das empresas de papel e celulose Fibria e International Paper na manhã desta segunda-feira (15), o sindicato que representa a categoria informou que fara novo ato em frente a Eldorado Brasil amanhã (16), em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande, para reivindicar reajuste salarial de 2%.

De acordo com o Sititrel (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Papel e Celulose) cerca de 600 pessoas participaram da manifestação de hoje. A empresa Fibria, por sua vez, afirma que aproximadamente 200 pessoas se reuniram, entre elas funcionários impedidos pelos sindicalistas de entrar na fábrica no início do turno das 8h.

Segundo o Sititrel, as empresas Fibria, International Papel e Eldorado Brasil fizeram uma contraproposta de apenas 0,63% de reajuste, na negociação que começou em julho deste ano. “É muito gratificante ver que a categoria está unida e ciente do que realmente querem”, avaliou o presidente do Sindicato, Almir Morgão, ao informar que entre os manifestantes estavam representantes dos sindicatos do Estado de São Paulo, dos municípios de Limeira, Mogi Guaçu, São Paulo, entre outros.

Para o presidente da entidade, o reajuste proposto pelas empresas é muito baixo. “Essa proposta das empresas é inaceitável, os empregados sofreram com a inflação, precisamos de um reconhecimento maior”, disse Morgão. Os sindicalistas esperam um posicionamento das empresas até sexta-feira (19). “Caso não haja um avanço as negociações irão para o judiciário”, disse Morgão.

A International Paper informou que está negociando o acordo coletivo de data base com o Sititrel e destacou que “tem total interesse para que haja um entendimento entre as partes”.

A Eldorado Brasil informou ao Campo Grande News, por meio da assessoria de imprensa, que emitirá nota sobre o assunto ainda hoje.

A Fibria confirmou que está em processo de negociação coletiva com o sindicato. “A empresa foi surpreendida na manhã de hoje pelo bloqueio da entrada de sua unidade de Três Lagoas por veículos ligados ao sindicato, o que impediu e atrasou a entrada dos nossos funcionários. A Fibria entende que manifestações fazem parte do regime democrático, desde que sejam pacíficas e respeitem o direito de ir e vir dos cidadãos”, afirmou a empresa, em nota à imprensa. A Fibria afirma que apresentou no dia 29 de agosto a proposta final e aguarda a realização de assembleia do sindicato para que a proposta seja apreciada e votada pelos empregados.

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