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Interior

Suspeito de participar de aborto é preso, mas nega envolvimento no caso

Nyelder Rodrigues | 09/01/2017 19:02
Aline morreu em dezembro do ano passado após aborto clandestino (Foto: Reprodução/ Facebook)
Aline morreu em dezembro do ano passado após aborto clandestino (Foto: Reprodução/ Facebook)

Foi preso na tarde desta segunda-feira (9) em Porto Murtinho - cidade localizada a 431 km de Campo Grande - o técnico de laboratório Dnilson Rodrigues Nunes. Ele é suspeito de ter participado do aborto que acabou resultando na morte da gestante Aline dos Reis Franco, de 26 anos, mas nega envolvimento.

O caso aconteceu no dia 6 de dezembro de 2016, em Porto Murtinho. Após realizar o procedimento, ela passou mal e foi para o hospital da cidade, onde foi atendida e transferida para Campo Grande. Entretanto, no caminho, em Jardim, Aline não resistiu e morreu dentro da ambulância.

Dnilson já tinha a prisão preventiva decretada e se apresentou hoje à Polícia Civil, permanecendo detido no decorrer da investigação. O suspeito foi ouvido. "Ele negou a participação no abordo e disse que apenas foi socorrer a Aline", explica o delegado de Porto Murtinho, Renato Nunes Zanotta.

O delegado, que é o responsável pelo 1º DP (Delegacia de Polícia Civil) a cidade, também já interrogou a amiga de Aline que também é suspeita de ter participado do procedimento ilegal. O depoimento ficou em sigilo.

A mãe da vítima, Helemary dos Reis, de 52 anos, aponta a amiga da filha como a responsável por comprar o medicamento Cytotec, usado no aborto. A compra foi feita no Paraguai, já que a venda no Brasil é proibida. Grávida de dois meses, Aline deixou dois filhos, de 11 e 6 anos.

Reincidência - Essa é a segunda vez que Dnilson é preso por suspeita de envolvimento em abortos ilegais em Porto Murtinho. Em outubro de 2010, ele foi preso em flagrante por vender medicamento abortivo para uma mulher de 20 anos, que também passou mal, mas sobreviveu ao procedimento.

A denúncia que resultou na prisão ocorreu após denúncia feito pelo Conselho Tutelar local. A mãe que praticou o aborto também foi autuada em flagrante. A participação de Dnilson em outros crimes semelhantes também foi levantada na época.

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